Pela primeira vez numa eleição nacional, a esquerda ganha em Paris
No Hupomnemata
*comtextolivre
Hollande: “A austeridade não pode ser uma condenação”
A
esquerda europeia renasceu neste seis de maio, na França. Françoise Hollande,
de 57 anos, será o próximo presidente da República, confirmando os prognósticos
com os 51,67% dos votos. O anunciado triunfo de Hollande abre uma nova etapa
tanto na França quanto na Europa, e põe fim ao agitado reinado de Nicolas
Sarkozy, que durante cinco anos presidiu o país com seu estilo peculiar.
Apenas
vinte minutos após o fim da votação, o líder da direita compareceu perante
centenas de seguidores, assumiu com elegância a “responsabilidade da derrota” e
anunciou que agora será “um francês entre os demais franceses”.
Hollande também tratou de se pronunciar.
“A
troca
começa agora. A austeridade não pode ser uma condenação”, proclamou. O
socialista já havia anunciado sua intenção de renegociar com a
Alemanha o rígido tratado de austeridade. Com sua calma característica, o
líder
socialista discursou sobre a vitória às 21h20 (horário local) na praça
da
catedral de Tulle, onde passou a tarde recebendo beijos e abraços dos
moradores.
Seu
primeiro feito foi enviar uma “saudação republicana” a Sarkozy. Logo disse que “a
mudança tem que estar à altura da França” e prometeu exemplaridade
institucional e, com um toque de lirismo, convidou os franceses a sobrevoar as
estrelas e sentir o gosto do progresso.
Hollande reiterou que suas
prioridades serão igualdade, juventude, justiça social e educação. Seu assessor
especial, Jean-Marc Ayrault, possível futuro primeiro-ministro, disse que a
ordem agora será recuperar a Europa, reorientando-a em relação ao crescimento,
competitividade e proteção. Pierre Moscovici, diretor da campanha de Hollande,
assegurou que a chanceler alemã Angela Merkel telefonou ao ganhador para o
convidar para uma visita a Berlim nos próximos dias.
Jornal do Brasil * Com informações do jornal El País
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