Este blog não existe pra apoiar um governo. Existe pra dar apoio a um estilo de vida. E desestimular outro. O modus vivendi que operamos é especialmente, não ser imbecil demais.
E é cômico ao extremo perceber o desconforto da mídia com a situação atual do Brasil. Perceber que a imprensa se contorce com o fato de que, em menos de 8 anos, o país se tornar o que jamais fora.
E pior, comandado por um cara que sequer foi à faculdade. A massa dos jornalistas, notadamente os da província de São Paulo, se sentem sentados em um permanente formigueiro.
Josias de Souza, legítimo integrante da mídia tucana é outro que já largou os bets e descaradamente desfia seu ódio mortal contra Lula.
Se fosse na época em que Lorde Fernando Da Tucanolândia estava no poder, o fato de o Brasil quitar a dívida com o FMI e ainda por cima, emprestar dinheiro a países outros (imagine, um da Europa!), seria comemorado com festas dioturnas na rua.
E fogos de artifício.
Mas o triste é que isso só ocorre agora, no Governo do operário bufão. Ai, ai, ai, e se essa Dilma ganha a eleição? Será que as elites terão que fazer como Mario Amato falou em 89? Deixar o país?
dos anais políticos
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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista
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