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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

terça-feira, maio 18, 2010

Eis um dos motivos para o eixo EUA-Israel sabotar o acordo com o Irã









Eis um dos motivos para o eixo EUA-Israel sabotar o acordo com o Irã

O presidente Barack Obama pediu ao Congresso dos EUA 205 milhões de dólares para ajudar Israel a acelerar a construção de um novo sistema de defesa de curto alcance anti-míssil, confirmaram assessores da Casa Branca.

O projeto é chamado "Iron Dome" e se destina a interceptar foguetes e obuses de artilharia na Faixa de Gaza e no Líbano.

O recurso financeiro viria para além da assistência estadunidense anual à Israel, seria portanto um recurso extra.

A informação é da rede de televisão árabe Al Jazeera.




Imagens de guerra e paz

O único país do mundo que fez uso da energia atômica para fins terroristas não quer que outros países o façam para fins pacíficos e humanitários.

Os Estados Unidos lançaram uma bomba atômica sobre a cidade japonesa de Hiroxima em 6 de agosto de 1945 (foto p&b). Morreram cerca de 140 mil pessoas, quase todas civis, cozinhadas pela energia calorífica letal que emana de uma explosão nuclear. Dias depois, não satisfeitos, ainda sedentos de sangue, os estadunidenses lançam outro artefato da morte, desta vez sobre Nagasaki, mais 80 mil mortos, trucidados covardemente por um Estado terrorista, branco, cristão, ocidental e que se proclama amante da democracia e dos direitos humanos.

A mortandade foi inútil, gratuita, própria de mentes patologicamente criminosas. O Japão já estava vencido e se preparava para capitular. A Alemanha nazista já estava derrotada e rendida, há mais de três meses, desde o glorioso dia 8 de maio de 1945.

Os Estados Unidos procederam precisamente como os fascistas que acabaram de derrotar. Alguém já disse, acho que foi Chomsky, que os nazifascistas foram derrotados na Segunda Guerra, mas o nazifascismo sobreviveu e continua fazendo suas vítimas, com outra bandeira, outros líderes e outros uniformes de guerra, terror e ódio à humanidade.

Pois, os mesmos que praticaram o terror em Hiroxima e Nagasaki, agora não querem a paz duramente discutida e conquistada pelos entendimentos diplomáticos de Brasil, Irã e Turquia.

Até quando os Estados Unidos, não o seu povo, mas a sua elite governante, racista e intolerante, irão tutelar os destinos da humanidade?

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