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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

domingo, maio 16, 2010

"Guerra contra a Democracia"






Não assista. Se você assistir, se tornará uma pessoa diferente...

"Guerra contra a Democracia" é um documentário de 2007 escrito por John Pilger e dirigido por ele mesmo e Christopher Martin

O documentário centra-se na intromissão dos EUA nos assuntos políticos da América Latina.

Descreve a participação da CIA nos golpes de estado contra Jacobo Arbenz na Guatemala e Salvador Allende no Chile. Também aborda o tema da situação econômica no Chile depois da ditadura de Augusto Pinochet, a ascensão de Evo Morales na Bolívia e o golpe de estado contra o presidente Hugo Chavez da Venezuela, em 1972, que teve a provável participação dos EUA, através da CIA."

"Guerra contra a democracia" foi premiado em Londres como o melhor documentário do ano e é um "must see" para todos os que desejam conhecer melhor as "operações sombrias" planejadas, financiadas e executadas pelo governo dos EUA contra países da América Latina.

Os EUA possuem mais de 700 bases militares espalhadas pelo mundo, tem fomentado, financiado e participado direta ou indiretamente em quase todas as guerras ocorridas no planeta no século 20.

Com a ascensão do petróleo como a mais importante matéria prima do século 20, os EUA tem operado ativamente em dominar política e logisticamente todos os países ricos em Petróleo.

Desde a nacionalização do petróleo na Venezuela por Hugo Chavez, os EUA tem trabalhado incessantemente em demonizá-lo.

Atualmente os EUA tem um "braço" militar instalado na vizinha Colômbia através de muitas bases militares e tem trabalhado em incitar atrito entre Venezuela e Colômbia, uma "política" condizente com o interesse dos EUA em desestabilizar o governo nacionalista e anti imperialista do presidente Chavez.

John Pilger, jornalista australiano, ganhador de muitos premios internacionais, tem uma carreira impressionante de trabalho como jornalista, autor, conferencista e detentor oito títulos de doutor Honoris causa de varias universidades.

OS VÍDEOS em Youtube - (com legendas em português)



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