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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista
quarta-feira, maio 26, 2010
Lula visita Argentina nas comemorações do Bicentenário da Independência
Lula visita Argentina nas comemorações do Bicentenário da Independência
O presidente Lula viajou nesta terça-feira (25) para Buenos Aires onde participou das comemorações do Bicentenário da República da Argentina, ao lado de outros presidentes: Evo Morales, da Bolívia; Fernando Lugo, do Paraguai; José Mujica, do Uruguai; Sebástian Piñera, do Chile; e Hugo Chávez, da Venezuela.
A presidenta da Argentina, Cristina Kirchner, inaugurou uma galeria em homenagem aos heróis latino-americanos. Entre os brasileiros estão Tiradentes e Getúlio Vargas.
Lula e outros presidentes acompanharam Cristina Kirchner no ritual de caminhada até o Cabildo, a primeira prefeitura colonial do país. Repetiram o trajeto dos revolucionários que destituíram o vice-rei espanhol.
Um filme produzido para a ocasião foi projetado sobre a fachada do Cabildo, mostrando cenas da história argentina e de outras nações latino-americanas envolvidas nas lutas pela independência.
Milhares de portenhos se concentram no local para acompanhar uma das últimas cerimônias que marcam as comemorações.
Lula retornou ao Brasil à noite. (Com informações da Agência Brasil)
dos amigos do Presidente Lula
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