Páginas
Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista
quarta-feira, maio 26, 2010
Mensalão tucano 2010 anunciado: Roberto Jefferson "aluga" horário na TV para Serra e tesoureiro do PTB reúne-se com tucanos
Mensalão tucano 2010 anunciado: Roberto Jefferson "aluga" horário na TV para Serra e tesoureiro do PTB reúne-se com tucanos
O deputado cassado Roberto Jefferson, presidente do PTB, faz na Folha de José Serra (jornal Folha de São Paulo), sem querer, contundente denúncia-confissão sobre o "aluguel" do horário político do PTB para o presidenciável demo-tucano:
"A produção é do Serra. O programa é para o Serra, quem produz é ele", disse Jefferson sobre o horário político do PTB de 10 minutos na TV que será exibido em 24 de junho. A produção ficará a cargo do marqueteiro de Serra, Luiz Gonzalez.
A estratégia para tentar burlar a Justiça eleitoral, é encher o programa com discurso de José Serra em evento do PTB. A legislação eleitoral veda a presença do demo-tucano no programa do PTB na TV, pois é filiado a outro partido.
As declarações foram logo após um almoço com o candidato tucano na sede do PSDB em Brasília.
Tesoureiro do PTB reúne-se na próxima terça-feira com tucanos
Segundo o jornal: "Na terça, o presidente do PSDB, Sérgio Guerra, se reúne com Jefferson, Gonzalez e o tesoureiro do PTB, Benito Gama, para discutir o programa, que exibirá cenas da convenção que deverá anunciar o apoio ao tucano".
O quê um tesoureiro tem a ver com produção de programa de TV?
Da última vez que Roberto Jefferson falou sobre reunião desse tipo, dele e do então tesoureiro do PTB, com um empresário do ramo publicitário (Marcos Valério), em 2004, disse ter saído do encontro com uma mala de dinheiro vivo, com R$ 4 milhões, cujo destino nunca revelou.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário