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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sábado, maio 15, 2010

O Brasil vai ser uma Arábia Saudita de petróleo. Já imaginou se fosse a Petrobrax do FHC e do Serra?






O Brasil vai ser uma Arábia Saudita de petróleo. Já imaginou se fosse a
Petrobrax do FHC e do Serra?


Se fosse a Petrobrax (do FHC e do Serra), a grana toda dos contratos de “concessão” (do verbo “conceder”) iria para o bolso dos clientes do Davizinho.

Ou para contas na Suíça.

Veja o que diz o Estadão de hoje, amigo navegante, na pág. B17:

“Lucro da Petrobrás tem alta de 23%.”

O crescimento do valor de mercado da empresa foi de 17%, em 12 meses.

Que horror !, diria o Farol de Alexandria (onde o Serra o escondeu nesses últimos dias ?) !

Que horror !

Agora, horror mesmo é a noticia que vem logo abaixo, na página:

“Novo poço pode superar 4,5 bilhões de barris”

(As reservas brasileiras são de 14 bilhões, mais as 20 bi do pré-sal).

“Reserva de Libra rivaliza com o poço Franco pelo ‘titulo’ de segunda descoberta de petróleo do país”.

A Petrobrás deu para descobrir uma “arábia saudita” por semana.

Um horror !

Diz a diretora da Agencia Nacional de Petróleo, Magda Chambriard:

“Além do grande volume de petróleo, da descoberta de Franco abriu uma nova fronteia exploratória no Brasil …porque o poço tem óleo em uma rocha chamada ‘coquina’, ainda pouco explorada na região … Franco abriu um novo paradigma.”

O interessante é que o pré-sal, Franco, Libra, Tupi, tudo isso foi descoberto e será explorado com tecnologia de brasileiros, desenvolvida no âmbito da Petrobrás.

E quem diz que o Brasil não produz tecnologia ?

Quanto a Chevron e a BP dariam para ter essa tecnologia – e esse litoral – que a Petrobrás tem ?

E o PiG (*) menospreza.

O Brasil vai precisar de muito submarino nuclear (e, quem sabe ? umas duas centenas de bombas, como Israel) para garantir o petróleo das águas territoriais brasileiras.



Paulo Henrique Amorim

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