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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

segunda-feira, maio 10, 2010

O povo o pobre e o rico Dilma Presidenta




sexta-feira, 5 de março de 2010
Empresário Abílio Diniz, do grupo Pão de Açúcar, elogia Dilma e desmoraliza imprensa golpista do Brasil

Por Júnior Miranda

Após um patético encontro dos barões da mídia num luxuoso hotel em São Paulo no início desta semana, com a finalidade de traçar estratégias antiquadas, ultrapassadas e golpistas para atingir a imagem da nossa futura presidenta Dilma Rousseff, esses mesmos coronéis da mídia foram apunhalados pela declaração de um dos mais ricos e bem sucedidos empresários brasileiros, o Abílio Diniz, do grupo Pão de Açúcar.

O empresário Abílio Diniz rasgou-se em elogios a ministra Dilma dizendo que o povo brasileiro precisa conhecê-la melhor, pois ela é uma mulher que ouve as pessoas, bem informada e competente.

“Você já viu algum político que ouve? A Dilma ouve muito mais do que vocês podem imaginar. [Dilma] é bem informada e conhece profundamente as áreas de infraestrutura e de empresas e tem condições de utilizar esse conhecimento para perpetuar o governo do presidente Lula. Sou um cara equilibrado e de bom senso. Eu gosto da Dilma porque eu a conheço", declarou o empresário brasileiro dono da maior rede varejista do país.

Vale ressaltar que os mesmos barões da mídia são amicíssimos do Abílio Diniz, e por isso a declaração do empresário vem, como já destaquei, como uma punhalada para esses senhores da mídia e seus servos, a exemplo dos “pobres servos” Arnaldo Jabor, Diogo Mainardi, Reinaldo Azevedo, e toda uma turma que destila diariamente seu ódio preconceituoso e medíocre contra Dilma.

Não poderia esquecer-me, porém, do episódio envolvendo Abílio Diniz em 1989, quando o empresário foi sequestrado por chilenos e um brasileiro, e essa mesma mídia golpista, junto com a polícia paulista, tentou ligar o fato ao então candidato Luiz Inácio Lula da Silva, numa armação grosseira e criminosa, vestindo os sequestradores com camisas do PT, dando a entender que seriam ligados ao partido, com a intenção de prejudicar a candidatura de Lula. E com o patrocínio “publicitário” de quem? Da Globo através do Jornal Nacional, como sempre.

Por isso repito, a fala de Abílio Diniz elogiando Dilma é uma punhalada nos barões da mídia e seus contratados. Eles devem estar “bufando” de raiva, mas como o Pão de Açúcar é um dos seus grandes anunciadores, e a mídia precisa dos empresários, acredito que Arnaldo Jabor e sua “turminha de servos” não declararão publicamente ódio contra o Abílio Diniz. “Servos” são para obedecer, não é Jaborzinho?

do Blog do Júnior Miranda

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