Páginas

Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sexta-feira, maio 07, 2010

Os assassinatos de reputações



Os assassinatos de reputações nas guerras comerciais
Luis Nassif Online

Confira a impressionante lista de coincidências pré e pós-Satiagraha.

Primeiro, clique aqui para entender como a estratégia de assassinatos de reputação se insere nas disputas comerciais.

Depois, confira a sucessão de tentativas de assassinato:

1. Clique aqui para os ataques que sofri da Veja logo que comecei a apontar as relações de Daniel Dantas com o chamado “mensalão”.

2. A juíza Márcia Cunha concedeu aos fundos de pensão liminar para destituir Dantas do controle da Brasil Telecom. Em seguida, foi alvo de uma tentativa de assassinato de reputação perpetrada pela Folha (clique aqui). Apenas agora, muitos anos depois, teve seu nome reabilitado pelo Tribunal de Justiça do Rio.

3. O Ministro Edson Vidigal confirma a sentença da Juíza. É alvo de tentativa de assassinato de reputação cometido pela Veja (clique aqui).

4. O delegado Paulo Lacerda reforças as investigações sobre Dantas. De herói passa a vilão, na Veja (clique aqui).

5. O juiz De Sanctis profere sentenças contra Dantas. É massacrado por meses a fio pela mídia e por Gilmar Mendes.

6. O delegado Romeu Tuma Junior consegue o bloqueio das contas do Opportunity nos Estados Unidos e sugere a utilização dos recursos no Pronasci (Programa Nacional de Segurança Pública). É alvo de um ataque, agora do Estadão, em cima de vazamento seletivo de grampos, apesar de nem o Ministério Público ter encontrado elementos para indiciá-lo. Ou seja, um grampo, que não se sabe de onde surgiu, atribuído à Polícia Federal, sem que esta confirme, é transformado em peça de acusação. E se fosse com Dantas, como o Estadão se comportaria? Ou melhor: como se comportou?

Enquanto o Poder Judiciário não entender que qualquer juiz, autoridade ou jornalista está sujeito a levar balas nesse tiroteio, não se acabará nunca com esse jogo que comprometeu a cobertura da velha mídia até a medula.

Ainda não caiu a ficha do Judiciário que a próxima vítima será o juiz que desagradar integrantes do jogo

do esquerdopata

Nenhum comentário:

Postar um comentário