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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sábado, maio 08, 2010

Tragicômico





Quércia e FHC transformam o lançamento da candidatura de Alckmin ao governo de São Paulo em zombaria

Quércia discursa durante lançamento de pré-candidatura de Geraldo Alckmin

O presidente do PMDB em São Paulo, Orestes Quércia, pré-candidato ao Senado na chapa do PSDB, causou desconforto durante a festa de lançamento da pré-candidatura de Geraldo Alckmin (PSDB/SP) ao governo de São Paulo. Na plateia, formada por pessoas vindas de diversas cidades do interior paulista, o discurso de Quércia era motivo de ironia. Muitos comentavam que ele não deveria ter discursado.

Quando chegou a vez de FHC discursar, o evento evoluiu da ironia para a zombaria. FHC falou ao lado de Quércia, como se fossem dois "paladinos da ética": "o Brasil precisa fazer tudo isso com lisura, sem parecer moleque, sem corrupção".


Alckmin promete continuidade do governo demo-tucano de Serra, que já é continuação dos governos anteriores desde 1982, passando por Quércia, e pelo próprio Alckmin:

- continuidade da bandidagem dando as cartas na segurança pública;
- continuidade na exploração dos pedágios abusivos;
- continuidade nos alagões na capital e no interior;
- continuidade da corrupção na construção do Metrô, como no caso Alstom;
- continuidade da corrupção no Roubanel e no Dersa;
- continuidade da corrupção midiática, com excesso de gastos em propaganda e compra de assinaturas em massa de jornais e revistas;
- continuidade no arrocho salarial dos professores e policiais;
- continuidade no uso da polícia pra reprimir trabalhadores que reividicam melhorias de vida, em vez de combater a bandidagem e a corrupção;
- continuidade na má qualidade da educação, chegando a formar alunos analfabetos funcionais;
- continuidade no arrocho dos produtores e empresários, pela substituição tributária que retira capital de giro das empresas;
- continuidade na política neoliberal de reservar cotas para os mais ricos, que tem plano de saúde, nos hospitais públicos retirando 25% das vagas do SUS;
- continuidade nas políticas neoliberais privatistas de quem tentou vender a CESP, vendeu a Nossa Caixa, e privatizou operações da SABESP, do Metrô, e outras.

Enviar por email Por: Zé Augusto 0 Comentários Link para esta postagem

sábado, 8 de maio de 2010
Massa cheirosa faz lançamento da candidatura de tucano em Shopping


A massa cheirosa estava reunida hoje em um shopping da capital paulista para o lançamento do candidato Geraldo Alckmin ao governo de São Paulo. Mas, pelo visto, o próprio José Serra, deu um jeito de detonar o amigo na corrupção...

Dizendo-se "muito emocionado",segudo a imprensa, Serra cometeu dois deslizes em seu pronunciamento-- Sim meus queridos leitores, para a imprensa, Serra comente "Deslizes" e Dilma, comete gafe.

O primeiro mico do José Serra foi quando disse que Gilberto Kassab era o presidente do DEM..Depois tentou esclarecer: "se não é o presidente, é ele quem manda". Constrangido, o prefeito de São Paulo ficou com cara de bocó diante das câmeras.

Mais adiante, na tentativa de elogiar Alckmin, Serra insinuou que ele vai perder para o pré candidato petista Aloizio Mercadante: "Alckmin tem humildade na derrota... Depois recuou...não...pera ai, ele tem humildade na vitória".Só não ganhou do Lula em 2006...Minutos antes, os dois se cumprimentaram rapidamente e, sorrindo, posaram para fotos.

Campanha antencipada para Serra no lançamento do candidato Alckmin...Mas ele pode e o TSE apoia

O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), elogiou o candidato do PSDB em campanha à Presidência: "Conte conosco, presidente Serra".

Durante a apresentação de Kassab por uma oradora, um grito ecoou próximo à área destinada a jornalistas, vindo de um dos muitos claque.

- Vagabundo!

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