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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista
quarta-feira, maio 12, 2010
Você tem certeza que conhece FHC e Serra? Sabe o que eles faziam em 1986? Ao passar o vídeo, tire as crianças da sala. Cenas de politicagem explícita
E agora Jungmann? Serra vai mexer na poupança?
José Serra (PSDB/SP) criticou o BC por, segundo o demo-tucano, não ter baixado mais os juros durante a crise internacional.
Um dos gargalos na baixa de juros, foi que a caderneta de poupança estava ficando com rentabilidade melhor do que a taxa selic, então grandes investidores estavam migrando para a caderneta de poupança, provocando uma distorção em todo o sistema financeiro.
O governo cogitou de taxar a poupança de grandes investidores quando a taxa selic caísse abaixo de determinado percentual. Os pequenos poupadores continuariam intocáveis. Isso provocou intensa exploração politiqueira na oposição. O deputado demo-tucano do PPS, Raul Jungmann, chegou a fazer uma propaganda "terrorista" e mentirosa na TV, dizendo que o governo Lula estaria fazendo o mesmo que o plano Collor fez com o confisco da poupança.
Agora, José Serra diz que baixaria os juros mais do que o BC baixou. Mas grandes investidores não são bobos. Se a poupança render mais, eles migram para a poupança. O que fará Serra? Vai mexer na poupança?
E o que Raul Jungmann tem a dizer?
É uma pergunta para a Miriam Leitão entrar na CBN comentando, e telefonar as 8:00hs da manhã para perguntar a José Serra.
dos amigos do Lula
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