“Me perdoe, me perdoe”…”Eu compreendo”
Pena que eu gastei a foto no post anterior. Porque ela ilustraria perfeitamente o tom da entrevista de José Serra a William Bonner, hoje, no Jornal Nacional.
Começou com uma “levantada de bola” para o personagem “Serrinha Paz e Amor” dizer que “a discussão não é o Lula”. Não, não é o Lula: é o governo Lula e a reversão dos rumos que o governo FHC-Serra deu ao país durante oito anos.
Daí em diante foi uma partida de vôlei, num clima de convescote. “O senhor me permita”, dizia Bonner, ao interromper o candidato tucano, ao contrário das interrupções grosseiras que fez com Dilma. E Serra teve todo o espaço para falar da saúde, da saúde, da saúde, sem sequer ter sido confrontado com os números de sua gestão no ministério.
A escalada para questionar – até porque é uma pessoa mais educada que Bonner – foi Fátima Bernardes, que foi infinitamente mais civilizada que o marido na entrevista de Dilma. Ela o desempenhou moderadamente, é verdade, mas não partilhou dos esparramos carinhoso de Bonner para com Serra.
Ao questionar o apoio de Roberto Jefferson, o problema com ele era estar no “mensalão petista”. Os pedágios viraram escada para falar das estradas federais e da CIDE, “esquecendo” que o tal superávit primário vem da gênese tucana do pagamento de juros dos quais nos faltam forças políticas para fugir.
No final, quando Serra estourou o tempo, William Bonner era um outro homem, totalmente diferente do truculento de segunda-feira. O diálogo, que reproduzo acima, retrata o clima de compadrio com que transcorreu a entrevista:
Bonner: – “Me perdoe, me perdoe”…
Serra: “Eu compreendo”…
Nós também compreendemos, faz tempo.
dotijolaço
O Pit bonner tava mansinho feito uma moça, disse que o serra tinha 4 anos no governo do estado mentira , teve 2 anose saiu e na prefeitura o mesmo 2 anos e saiu nunca terminou nada. quando foi ministreco do fhc o farol de alexandria dos demotucanos, tinha o apoio do corrupto tony blair e do influente a época clinton que como sempre mandaram dar uma menção ao plano da aids, mas o cara é hipocondríaco mesmo, já esta perdida a eleição pra ele e agora a sua amestrada marina do pv partido berruga do sserra, fica alardeando que dempsdb devem governar juntos com pt só rindo., pra não chorar , tanta desfasatez.
doChebola
Serra no jn mente sobre AIDS e genéricos.
E defende pedágios de SP
A visita do jenio ao jn foi o de sempre: ele não tem nada a declarar.
Nada de novo, nada de original.
Ele apresentou, porém, duas novidades interessantes.
Trocou a camisa azul pela branca.
E deu ao dedo anelar direito um movimento autônomo, inusitado.
É como se o dedo tivesse vida própria.
Sobre o conteúdo da entrevista.
Ele disse que fez os genéricos e o combate à AIDS.
É do conhecimento do mundo mineral – diria o Mino – que isso é uma mentira.
É uma apropriação do trabalho alheio.
O combate à AIDS é do Adib Jatene.
E os genéricos do Jamil Haddad.
Tomara que o Adib Jatene não tenha visto o jn.
Por que a Fatima e o Bonner não disseram que ele mentia ?
Por que se calaram ?
A mentira só reforça a certeza de que Serra, numa eleição, é baixaria, com certeza.
Especialmente diante da audiência do jn.
(Isso não comporta uma ação na Justiça Eleitoral ? Mentir ?)
O jenio não defendeu Fernando Henrique e tentou tirá-lo do pescoço.
Também não falou mal do presidente Lula.
Embora o tenha chamado de cavalo, ou jegue.
Porque deu a entender que a Dilma está na garupa do Lula.
O que é um lapso ou grosseria, mesmo.
Embora ele tenha dito isso duas vezes.
Defendeu os pedágios de São Paulo.
Jogou o aliado Thomas Jefferson às feras.
E se beneficiou do fato de a Fátima lembrar que o Índio tirou o leite da merenda das crianças do Rio, segundo vereadora do PSDB, Andrea Gouvêa Vieira.
No mais, comprovou-se que Serra não tem o que dizer.
Ele é o fim do paulistismo na política brasileira.
O jn jogou fora doze minutos – e ele ultrapassou o tempo combinado.
Tentou ensaiar um choro,
Não deu tempo de falar da Mooca e do pai feirante.
Antes, o jn espinafrou o ENEM.
Como o PiG (*), o jn tem pavor do ENEM.
(A Folha (**) gosta de imprimir e deixar vazar as provas. Mas espinafra o ENEM.)
Por que ?
Porque o ENEM permite que o pobre e o negro entrem na universidade pública.
Que horror !
Clique aqui para ler: “USP realiza o sonho da elite paulista: e não tem pobre”.
Paulo Henrique Amorim
(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.
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