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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quarta-feira, agosto 04, 2010

Pobre São Paulo, pobre paulista tucanalhas vão fechar TV Cultura






Tucanos fecham TV Cultura
Eles já têm a Globo


Na foto, Sayad e Serra, os coveiros


Maluf, Quércia e Fleury governaram São Paulo e respeitaram os princípios públicos da TV Cultura de São Paulo.

Quem destruiu a TV Cultura foram os governadores que há 16 anos coronelizam São Paulo.

Agora, José Serra joga a pá de cal.

O Conversa Afiada reproduz post de Daniel Castro em seu blog:

Bomba: TV Cultura vai cortar programas e demitir 1.400

Ex-secretário de Cultura do Estado de São Paulo, João Sayad assumiu a presidência da TV Cultura em junho com a missão de reduzir a TV pública paulista a uma simples TV estatal. Com o aval do ex-governador José Serra e do atual governador, Alberto Goldman, Sayad pretende reduzir ao máximo a produção de programas e cortar o número de funcionários em quase 80%, dos atuais 1.800 para 400.

Sayad pensa até em vender o patrimônio da TV Cultura. Já encomendou aos advogados da emissora um estudo sobre a viabilidade de a Fundação Padre Anchieta, mantenedora da TV, se desfazer de seus estúdios e edifícios na Água Branca, em São Paulo.

Em reuniões com diretores da emissora, Sayad tem dito que a Cultura não precisa ter mais do que 400 funcionários, que ficariam, segundo ele, muito bem instalados em um andar de um prédio comercial. A postura evidencia que a TV Cultura deixou de ser uma questão de política pública. Passou a ser um “pepino”, um problema a ser eliminado pelo governo do Estado.

Fontes ouvidas pelo blog informam que Sayad vive dizendo que irá transformar a Cultura, hoje produtora de programas, em uma coprodutora. Ou seja, ela deixará de produzir de produzir programas de entretenimento. Passará a encomendá-los a produtoras independentes e a comprá-los no mercado internacional. Atrações como o Metrópolis podem estar em seus últimos dias.

O jornalismo da Cultura deixará de investir no noticiário do dia a dia, caro e melhor produzido pelas redes comerciais. A partir de setembro, o Jornal da Cultura, com Maria Cristina Poli, passará a ser um jornal mais de debates, de discussão sobre o noticiário, do que de notícias.

Corte de receitas

A TV Cultura tem hoje um orçamento de cerca R$ 230 milhões. Desse total, R$ 50 milhões vêm da venda de espaço nos intervalos dos programas para anunciantes privados. Outros R$ 60 milhões são oriundos da prestação de serviços, como é chamada na emissora a produção de programas e vídeos para instituições como o Tribunal Superior Eleitoral, a Procuradoria da República, a TV Assembleia (do Estado de S.Paulo) e a TV Justiça.

Pois a gestão de Sayad já iniciou o desmonte dessas duas fontes de recursos. Até o ano que vem, a TV Cultura não terá mais nenhuma publicidade comercial em seus intervalos nem produzirá mais programação para órgãos públicos (a publicidade institucional, irrisória, será mantida). Dessa forma, reduzirá uma boa parte do seu número de funcionários.

Se o plano for executado, a TV Cultura sobreviverá apenas dos R$ 70 milhões que o governo do Estado aporta diretamente todos os anos, além de outros R$ 50 milhões ela que recebe pela produção de conteúdo para as secretarias estadual e municipal de Educação.

Demissões em massa

O plano de demissões de Sayad é mais complexo. Por causa das eleições de outubro, ele não pode demitir funcionários contratados em regime de CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas) até dezembro. A Cultura tem entre 1.000 e 1.200 funcionários celetistas. Esses trabalhadores têm emprego garantido até janeiro. Depois, dependem da postura do novo governador do Estado. Para demitir funcionários celetistas, Sayad precisará do apoio do futuro governador, porque terá de contar com verbas extras para pagar as indenizações.

Já os profissionais contratados como pessoas jurídicas (os PJs, pessoas que têm microempresas) podem ser “demitidos” a qualquer momento. Eles seriam de 600 a 800. Os cortes devem ser feitos à medida que contratos de prestação de serviços, como o da TV Assembleia, forem vencendo e não renovados.

Outro lado

O blog tentou ouvir o presidente da Fundação Padre Anchieta, João Sayad, sobre as mudanças que ele pretende implantar na TV Cultura. Na última segunda-feira, por meio da assessoria de imprensa da emissora, pediu uma entrevista. Ontem à tarde, a TV Cultura informou que Sayad não falaria com o R7.

As informações aqui publicadas foram relatadas previamente à assessoria de imprensa da TV Cultura. Nada foi negado.

Navalha

Os tucanos não precisam da TV Cultura.

Eles já têm a Globo.

Clique aqui para ler como José Serra agasalhou o terreno que a Globo invadiu por 11 anos numa área nobre de São Paulo.


Tucanos vão demitir 1.400 e privatizar a TV Cultura em fatias

Com o aval do ex-governador José Serra (PSDB/SP) e do atual governador, Alberto Goldman (PSDB/SP), o presidente da TV Cultura do Estado de São Paulo, João Sayad planeja demitir 1.400 funcionários (80% do quadro de pessoal), reduzindo dos atuais 1.800 para 400.

Cultura só no nome

A TV perderá a função pública de produzir a maioria dos programas e passará a comprar produções de terceiros (inclusive internacionais), à semelhança de um canal a cabo.

Privatização do patrimônio

Seguindo a cartilha demo-tucana, o "choque de gestão" passa pelo desmonte "osso por osso" da emissora, com privatização do patrimônio, em fatias.

Advogados da emissora já estudam o modelo de fatiamento para privatização. Na mira está a venda dos estúdios e edifícios na Água Branca, em São Paulo, pertencentes à Fundação Padre Anchieta, mantenedora da TV.

Em reuniões internas, Sayad tem dito que a Cultura só precisa de 400 funcionários, e que "ficariam muito bem instalados" em um andar de um prédio comercial.

Fim do noticiário alternativo ao PIG

Telejornais diários serão extintos. Os demo-tucanos acham "caro" e acham que as redes comerciais produzem melhor.

É uma visão tacanha dos demo-tucanos. Os telejornais comerciais brigam por audiência, tem uma pauta muita vezes sensacionalista, maçante sobre temas polêmicos como assassinatos de comoção nacional, e são politicamente e culturalmente engajados com os valores e interesses dos barões da mídia.

Os telejornais públicos devem servir justamente para publicar o outro lado da notícia que os telejornais comerciais não publica. Devem dar voz a quem não se vê na tela da Globo. Há uma ausência enorme de notícias sobre a maioria silenciosa das periferias, sobre as cidades do interior paulista, sobre movimentos populares, sobre controle social de políticas públicas, e sobre populações marginalizadas, sejam minorias, sejam maiorias.

A partir de setembro, o Jornal da Cultura, com Maria Cristina Poli, deixará de produzir noticiário e apenas debaterá o noticiário veiculado nos canais comerciais, ou seja, será uma versão repaginada do "meninas do jô".

Corte de receitas

Bem ao estilo demo-tucano de privatizar, a venda de patrimônio, e vez de economia, trará prejuízo nas receitas. A TV demitirá 1400 trabalhadores em vão, porque não haverá economia líquida para o estado. Os cortes de custos virão acompanhados dos cortes de receitas.

Ao desativar sua produção própria, a TV perderá receitas de R$ 50 milhões de anunciantes privados, e R$ 60 milhões da produção de programas para outros órgãos públicos, como o Tribunal Superior Eleitoral, para a Procuradoria da República, a TV Assembleia (do Estado de S.Paulo) e a TV Justiça.

Provavelmente, o "sortudo" que "comprar" os estúdios na Água Branca ficará com esse lucrativo filão de mercado, e ainda passará a ter o governo de São Paulo como "cliente".

Demissões em massa

Por causa do ano eleitoral, os cerca de 1.000 a 1.200 funcionários contratados em regime de CLT não podem ser demitidos até dezembro. Sayad precisará do apoio do futuro governador, inclusive porque terá de contar com verbas extras no orçamento do estado para pagar as indenizações.

Já os profissionais contratados como pessoas jurídicas (600 a 800 pessoas que têm microempresas) podem ser demitidos a qualquer momento que a rescisão dos contratos permitir. (Com informações do R7/Daniel Castro)


Ibope desmente Datafolha no Ceará

A cada nova pesquisa divulgada ficam mais flagrantes as distorções do Datafolha para manter Serra artificialmente empatado com Dilma Rousseff. Se Vox Populi e Ibope já provaram isso nacionalmente, os resultados estaduais mostram que as diferenças dos números do Datafolha são absolutamente inexplicáveis.

Pesquisa do Ibope encomendada pela TV Verdes Mares no Ceará e divulgada hoje mostra Dilma Rousseff com 34 pontos de vantagem sobre Serra (57% a 23%), mais uma evidência do massacre que será a vitória de Dilma em todo o Nordeste. Mas o curioso, para o dizer o mínimo, é que o Datafolha, há apenas duas semanas, mostrava uma diferença de apenas 13 pontos percentuais a favor de Dilma.

Como Dilma não foi ao Ceará nesse intervalo e a propaganda na televisão ainda não começou, fica difícil explicar como a candidata triplicou as intenções de voto sem nenhum fato extraordinário.

A mesma situação já tinha sido verificada em Minas, onde o Ibope constatou uma diferença de 12 pontos percentuais a favor de Dilma, enquanto o Datafolha mostrava apenas três pontos. Os exemplos só desacreditam ainda mais o Datafolha, cujo novo método estatístico adotado em sua última pesquisa não enganou ninguém. Tinha o único propósito de inflar a candidatura tucana.

PS: Por falar em Ibope, o Blog do Nassif reproduz quatro opiniões do Montenegro, o presidente do instituto, que previa teto de 30% para Dilma:

1. A próxima pesquisa IBOPE deverá dar uma diferença de 8 a 10 pontos para Dilma.
2. As próximas pesquisas do Datafolha deverão convergir para os resultados dos demais institutos.
3. O fato da Globo marcar transmissão de jogo para o horário do debate político da Bandeirantes é sinal de que ela não acredita mais que a exposição dos candidatos será positiva para José Serra.
4. A eleição para presidente será decidida no primeiro turno.

Serra deixou engatilhado desmonte da TV Cultura

Serra não quer nada que concorra com as emissoras que o defendem

Não foi só a cabeça de Heródoto Barbeiro, no Roda-Viva, e do diretor de jornalismo Gabriel Priolli que José Serra pediu. A intenção do tucano é desmontar por completo a TV Cultura, eliminando seu caráter de emissora pública e transformando-a apenas numa TV estatal para reproduzir atos do governo de São Paulo.

Para tanto, ele deixou na presidência da Fundação Padre Anchieta, controladora da TV Cultura, o seu amigo e ex-secretário João Sayad, encarregado de reduzir a programação, cortar pessoal e até vender o patrimônio da emissora. De acordo com o jornalista Daniel Castro, do portal R7, Sayad já encomendou aos advogados da emissora um estudo sobre a viabilidade de se desfazer de seus estúdios e edifícios no bairro de Água Branca, em São Paulo.

Sayad pretende reduzir o número de funcionários da Cultura de 1.800 para 400, que segundo ele ficariam muito bem instalados em apenas um andar de um prédio comercial. O jornalismo da emissora deixaria de produzir notícias, o que os tucanos, naturalmente, consideram que as redes comerciais já fazem bem, e se reduziria a debater o noticiário do dia a dia.

A TV Cultura ainda deixaria de prestar serviço a outras instituições públicas, o que lhe assegura uma receita de R$ 60 milhões anuais, e de aceitar publicidade, responsável por outros R$ 50 milhões. A emissora passaria a viver exclusivamente dos R$ 70 milhões que o governo de São Paulo aporta e de mais R$ 50 milhões que recebe para a produção de conteúdo para as secretarias estadual e municipal de Educação.

Mesmo já não estando mais à frente do governo, Serra deixou engatilhado o desmonte da TV Cultura, buscando eliminar mais um patrimônio público de relevantes serviços prestados. Certamente, Serra não quer estimular a idéia de uma TV pública, como Lula fez com a TV Brasil, para não contrariar os donos dos grandes meios de comunicação, que têm ojeriza a qualquer coisa que ameace o monopólio que detêm.

dotijolaço


MODO TUCANO DE GOVERNAR: BALANÇO DAS ÚLTIMAS 36 HORAS

a) USP: caiu 64 posições no ranking mundial de universidades e perdeu a liderança na América Latina para a Universidade do México; b) TV CULTURA, após 16 anos de administração do PSDB: 'Perdeu audiência, qualidade e se tornou cara e ineficiente'. Importante: o diagnóstico, em nota oficial divulgada hoje é da própria direção da emissora, nomeada por Serra, que se manifestou em meio a notícias não desmentidas de que o governo do PSDB prepara o desmonte da principal TV pública do país, com demissão de 80% de seus funcionários. Em SP, o jornalista Luis Nassif que já trabalhou na Cultura propôs a criação de um movimento de resistência da sociedade civil contra o desmonte em marcha: 'Salve a TV Cultura'

(Carta Maior apoia o movimento lançado por Luis Nassif; 05-08))

A PRIVATIZAÇÃO DA CULTURA DE SP.


Começou o desmonte da TV Cultura de São Paulo.

Empresa pública da área de telecomunicação, atualmente presidida pelo economista João Sayad, a tradicional TV Cultura está sendo preparada para a privatização.

Nota oficial da emissora aponta para o caminho preferido dos administradores tucanos; gerir a coisa pública, para um neoliberal, deve ser maçante e monótono.

Veja o que diz parte da nota publicada hoje:

“A TV Cultura é patrimônio querido dos paulistas e brasileiros, com um acervo de ótimos programas e vários artistas e jornalistas de sucesso que começaram aqui, mas que precisa se renovar. Perdeu audiência, qualidade e se tornou cara e ineficiente.”

O comunicado foi elaborado para desmentir a notícia de que seriam demitidos 1.400 funcionários de um total de 1.800. A administração colocou em prática a operação “cadê você” convocando todos os funcionários a se apresentarem com seus crachás. Além disso, teria obrigado todos a assinar um documento provando sua existência!

Incrivel, não? Deve ser humilhante para o sujeito que trabalha ser chamado a mostrar a cara e assinar um papel. Por pura ineficiência do Governo do estado de São Paulo, que é o proprietário da emissora e não é capaz de organizar seu quadro de funcionários.

É uma pena. O caminho escolhido pelo estado mais rico da federação será, diante da maneira como está sendo tratado o caso, vender a TV Cultura. Quem sabe para a Globo, SBT ou Band.

Perderemos, o conjunto da população que tem acesso à programação da emissora, em qualidade.

A TV sempre baseou sua grade em programas de interesse coletivo, com alto teor cultural e nacional, sem levar em conta o apelo para audiência a qualquer custo, como fazem as demais concorrentes. Se a Cultura chegou neste estágio de ineficiência, como atestam seus diretores, é única responsabilidade daqueles que a administram.

A população não pode perder a TV Cultura. As crianças e os jovens; os amantes da boa música, dos bons filmes brasileiros, do jornalismo, enfim, todos aqueles que admiram a TV Cultura não podem ser penalizados com sua venda para uma emissora privada. O governo paulista tem obrigação de mantê-la funcionando e deve investir para que a emissora se torne cada vez mais forte.

Vender a Cultura é jogar na lama a Fundação Padre Anchieta. O governo do estado de São Paulo precisa tomar uma atitude. Atitude de gente séria e honesta. Privatizá-la será um crime.






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