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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sábado, agosto 07, 2010

Por apedrajamento bombásticos dos usaisrael milhões de inocentes ja morreram






FLIP – ESCRITORA IRANIANA AZAR NAFISI IGNORA AS MORTES POR APEDREJAMENTO ORDENADSAS POR BARACK OBAMA.


A crítica é um direito, todos podem usar de seu tempo e oportunidade para manifestar seu descontentamento, e isso está sendo feito de forma contundente na presente edição da FLIP, transformada em parte num palco para ataques ao governo de Lula, e suas posições relacionadas ao governo do Irã. Mas a escritora iraniana que é uma das estrelas da atual edição erra feio quando centra suas criticas ao fato de Lula dizer que é amigo do Presidente do Irã.

“Então pensar que Lula é amigo de uma pessoa que manda apedrejar” (Azar Nafisi)

Lula que foi chamado de “O cara” por Barack Obama, também se diz amigo do Presidente americano, mesmo que ele (Obama) seja o responsável direto pela morte de milhares de inocentes no Afeganistão. Em última instância é Obama quem ordena os bombardeios em que mulheres, crianças e velhos, todos civis inocentes, são mortos, por outro tipo de apedrejamento, ficam soterrados nos escombros de suas casas destruídas pelas bombas americanas.

Sou contra a pena de morte em qualquer lugar, e, a crueldade do governo iraniano ao fazer uso dela, ainda mais por apedrejamento, é, no meu entendimento, um absurdo, algo inaceitável, mas deve ser colocada na conta de que se trata de uma “tradição” do islamismo, e não só do Irã.

Agora, em que conta pode ser colocada, a morte desses pobres coitados no “deserto” do Afeganistão, dizimados a rodo, sem ninguém que peça por eles, e dos quais não conhecemos nem nome, nem rosto?

“Então pensar que Lula é amigo de uma pessoa que manda bombardear vilas e aldeias civis no Afeganistão”.

Não seria também legítimo pensar assim ?

Definitivamente não é Lula o problema do Mundo, e não haverá solução para esses problemas, enquanto as barbaridades que os Estados Unidos cometem forem consideradas como necessárias para defender a “democracia” e a PAZ. É nessa hipocrisia e mentira, que a mídia mundial sustenta, e que a banda podre da imprensa brasileira também defende, que repousa grande parte de todos os males que afligem a humanidade.
docomtextolivre

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