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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sábado, agosto 07, 2010

TAM anunciou nesta quinta-feira uma parceria com a Casas Bahia para vender passagens






Para as classes C e D,
o céu não é o limite


Na foto, o Jabor quando viu a Classe “D” na fila


Por sugestão de amiga navegante baiana, o Conversa Afiada publica esse post do Terra e lamenta profundamente que o Arnaldo Jabor venha a se aborrecer com as filas nos aeroportos:

Fonte: Redação Terra

Empresas

Em busca das classes C e D, TAM venderá bilhetes nas Casas Bahia

Peter Fussy

Direto de São Paulo

Em busca de passageiros das classes C e D, a companhia aérea TAM anunciou nesta quinta-feira uma parceria com a Casas Bahia para vender passagens. A partir do próximo domingo, a empresa vai instalar estandes de venda nas filiais da Casas Bahia na Praça Ramos, na Vila Nova Cachoeirinha e em São Mateus, na capital paulista.

Segundo a empresa, o consumidor poderá dividir o valor das passagens em até 12 vezes no cartão de crédito da rede ou no ItaúCard/TAM, sendo que a parcela mínima será de R$ 20. Após um tempo de experiência, a parceria deve ser estendida para outras lojas da varejista.

Pesquisa citada pela TAM durante o anúncio da parceria mostra que cerca de 8,7 milhões de brasileiros das classes C e D devem fazer sua primeira viagem de avião até 2011. O levantamento foi feito pelo instituto Data Popular.

Atualmente, as classes emergentes representam cerca de 6% dos passageiros da aérea. Segundo o presidente da TAM, a aproximação com as classes C e D tem como um dos objetivos mudar a imagem de “companhia dos executivos”. “Queremos conquistar todos os públicos”, afirmou Líbano Barroso.

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