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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sexta-feira, agosto 13, 2010

TSE absolve blog “Amigos do Presidente Lula”

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O Tribunal Superior Eleitoral, por seis votos a um, mandou arquivar o irrelevante processo da Doutora Sandra Cureau contra o blog Amigos do Presidente Lula, acusado, injustamente, de fazer propaganda eleitoral antecipada para a candidata Dilma Rousseff.

O banho de água fria na oposição do Ministério Público Eleitoral marca uma grande vitória para a blogosfera brasileira, que conseguiu criar uma rede de informação que mostra para as pessoas o que os grandes meios de comunicação insistem em esconder por contas de seus interesses comerciais e políticos.

A decisão do TSE reforçou o parecer do ministro Henrique Neves, que já havia se pronunciado sobre a acusação do MPE, que se referia aos comentários dos posts e não ao material produzido pelo blog. Segundo o ministro, “essa seleção (de conteúdo favorável a Lula), contudo, não caracteriza, por si, propaganda eleitoral antecipada. Se assim fosse, as matérias originais também caracterizariam irregularidade, quando, na verdade, representam a livre expressão do pensamento e a liberdade de imprensa.”

Com isso, a decisão absurda do Ministério Publico de ter inclusive indiciado o Google por anexar a página do blog antes da data de início da campanha eleitoral, fixada nesta ano para o dia 5 de julho, saiu pela culatra. Graças ao TSE, a procuradora Sandra Cureau não poderá processar a empresa simplesmente por que o blog de José Augusto Aguiar Duarte poderia ser localizado no popular mecanismo de busca.

Assim como o Tijolaço já defendeu anteriormente, a vitória do Amigos do Presidente Lula reforça a tendência de crescimento dos blogs políticos no Brasil, uma opção para quem quer se informar sem se submeter às amarras impostas pela grande imprensa do Brasil.


Garupa é para quem pode, Serra


Dilma tem se mostrado muito ágil nas respostas sempre que provocada e usado os argumentos certos para rebater seus adversários. Como fez com O Globo, que tentou questionar as obras na Rocinha, desferiu um golpe definitivo em Serra, que a criticou indiretamente no Jornal Nacional ao afirmar que “não há presidente que possa governar na garupa”, sugerindo que Lula iria monitorá-la.

“O meu adversário tem um medo enorme da comparação entre o governo dele, que é o do FHC, e o meu, que é o do presidente Lula. Ele não pode estar na garupa do presidente FHC, porque aí é até uma covardia”, provocou Dilma hoje, em entrevista coletiva na Federação das Indústrias de Santa Catarina, segundo a Folha de S. Paulo.

Dilma disse ainda que “tem orgulho” do presidente Lula e o considera um presidente “muito forte, que mudou o Brasil”. Se com a primeira declaração, Dilma imobilizou Serra, com o complemento o nocauteou por completo.

Alguém já imaginou o Serra levando o Fernando Henrique para sua campanha e dizendo que vai dar continuidade ao governo do ex-presidente tucano, do qual participou com entusiasmo e se orgulha imensamente? Seria obrigado a afirmar que completaria o serviço, vendendo os Correios (que, aliás, tem insinuado), a Petrobras, Eletrobras e o que mais pudesse para liquidar o patrimônio público que restou do período de liquidação tucana.

Serra não tem coragem de dizer isso. Não dá um pio contra Lula. Não tem dignidade sequer de se apresentar como oposição. Procura se esconder num meio termo que não agrada gregos nem troianos. Foi por isso que empacou e agora começa a cair nas pesquisas. Serra é um nada politicamente. Renegou seu passado e virou uma coisa amorfa, insípida, insossa e inodora. Será varrido da vida pública com a derrota mais acachapante já sofrida por um tucano que se candidatou à Presidência. Um destino merecido para quem evita dizer quem é e age com uma dissimulação e um oportunismo de fazer corar até um Paulo Maluf.


http://www.tijolaco.com/wp-content/uploads/2010/08/Charge_Serra-carrega-FHC.jpg


Aliado problema não pode dar garupa

A gente já sabia e até postei ontem aqui que garupa é para quem pode. Mas é melhor ainda saber dos próprios tucanos que pegar carona com Fernando Henrique Cardoso é rumar para o precipício, o que explica a ausência completa do ex-presidente na campanha de José Serra.

O blog do Josias, na Folha de S, Paulo, conta que “pesquisas feitas por encomenda do comitê de campanha de Serra conferem a FHC a incômoda condição de aliado-problema”. E isso não é novidade. Em 2006, o candidato tucano da vez, Geraldo Alckmin, também evitou usar a imagem de Fernando Henrique, pois já tinha conhecimento da rejeição da população brasileira a FHC, cujo legado só a mídia elogia.

FHC é associado a um Brasil que crescia muito pouco, que quebrou mais de uma vez e foi de pires na mão ao FMI, que estava altamente endividado e que se manteve distante de sua população. Foi essa a herança que os tucanos passaram a Lula, agravada pela disseminação de boatos sobre o que seria um governo do PT, que levaram o risco Brasil às alturas e limitaram os movimentos do presidente em seu primeiro mandato.

Mas Lula soube desfazer todos os nós, recuperou o país e deslanchou no segundo mandato, o que lhe confere popularidade de 80%. Assim como Obama, o povo brasileiro elegeu Lula “o cara” e deseja o prosseguimento de sua política, representada pela candidatura de Dilma Rousseff.

Foi por isso que Dilma deu até uma risadinha ao dizer que seria covardia comparar o governo Lula com o de FHC, o que lhe permite pegar carona e deixa Serra a pé. As mesmas pesquisas qualitativas realizadas sob encomenda dos tucanos mostraram que a principal força de Dilma está em Lula, no fato de ela ter sido a escolhida para sucedê-lo.

Comprova-se o que dissemos aqui desde o primeiro momento, que Lula é Dilma e Dilma é Lula, e quando a população toma conhecimendo pleno disso não tem retorno. Dilma vai explorar isso no horário eleitoral e não precisa se preocupar com falsos alertas de que sua imagem deve se sobrepor a do presidente. O importante é deixar claro a harmonia entre os dois e o que sua candidatura representa. Lula pode estar onipresente durante os programas de TV que não acarretará nenum prejuízo a Dilma. Muito pelo contrário.

dotijolaço


Dilma desafia Serra a 'subir' na garupa de FHC

peso morto é isso aí!

Por: Redação da Rede Brasil Atual

A candidata do PT em encontro com empresários em SC (Foto: Roberto Stuckert Filho)
São Paulo - A candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, rebateu nesta quinta-feira (12) as críticas do adversário José Serra (PSDB) sobre ela andar na 'garupa' de Lula.
Em evento na Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc), Dilma disse que seria covardia de Serra 'subir' na garupa de Fernando Henrique Cardoso.
Ao ser questionada sobre a fala de Serra no Jornal Nacional, a candidata enfatizou que seu oponente tem "muito medo" de comparações entre os governos Lula e FHC. "Ele não pode estar na garupa do presidente FHC porque é até uma covardia. Tenho orgulho do presidente Lula. Não tem nada que ele faça que me dê vergonha de passar a diante. Eu sou
Na entrevista ao Jornal Nacional, na quarta-feira (11), Serra afirmou que "não há presidente que possa governar na garupa, ouvindo terceiros ou sendo monitorado por terceiros."
Dilma também falou sobre os pedágios e disse que nenhum cidadão quer pagar pedágios e muito menos vê-los aumentando, sendo "radicalmente contra" o modelo de cobrança dos pedágios paulistas. "Aumentar pedágios significa repassar mais impostos à população". Ela também firmou compromisso em, se eleita, discutir primeiro a reforma tributária.
Logo após a coletiva, participou de passeata próximo ao Mercado Público de Florianópolis com cerca de 2 mil pessoas, segundo estimativa da Polícia Militar.

Construção de estaleiros

Motivo de oposição do PT de Florianópolis, Dilma defendeu a construção de estaleiros que ocupariam áreas em Biguaçu. Por estar cercada por unidades de conservação, a obra não obteve licença ambiental. A OSX, empresa de Eike Batista que é responsável pelo estaleiro, estuda levar obra para o Rio de Janeiro.
A candidata se mostrou favorável ao andamento da construção. “Santa Catarina tem que lutar pelo seu [staleiro, sim, tem que superar os obstáculos que tem, porque um dos setores que mais vai crescer no Brasil nos próximos anos é esse setor que vai produzir plataformas, navios, sondas, vai gerar empregos”, declarou.

Rede Brasil Atual

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