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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quarta-feira, fevereiro 09, 2011

Wikileaks-Brasil divulga inquérito completo sobre Operação Satyagraha


Atualizando para correção de links dos documentos
Vazamento: A WikiLeaks Brasil recebeu o inquérito completo da operação, veja os documentos agora.
PRISÃO – DANIEL DANTAS – VERÔNICA DANTAS – NAJI NAHAS – CELSO PITTA

O inquérito completo da Operação Satyagraha, que investiga o desvio de verbas públicas, corrupção e levagem de dinheiro, desencadeada em 2004.
A Operação Satiagraha prendeu, no início de julho de 2008, mais de 20 pessoas acusadas de crimes financeiros, como lavagem de dinheiro, gestão fraudulenta, evasão de divisas e formação de quadrilha. Entre eles, o empresário e investidor financeiro Naji Nahas, o banqueiro Daniel Dantas, dono do Opportunity, e o ex-prefeito de São Paulo Celso Pitta.

Informação do ContextoLivre:
Satyagraha é um termo cunhado pelo pacifista indiano Mahatma Gandhi em sua campanha pela independência da Índia, para significar o fundamento e o núcleo da não-violência que ele seus discípulos praticavam. Em sânscrito, Satya significa “verdade”. Já agraha quer dizer “firmeza”. Desta forma, Satyagraha é a “firmeza na verdade”, ou “insistir pela verdade”.

Observação:
O site Wikileaks Brasil é organizado por um grupo anônimo, sem qualquer ligação com o WikiLeaks de Julian Assange.
Os documentos do Wikileaks-Brasil não chegaram a ser enviados ou analisados pelo WikiLeaks oficial.
*comtextolivre

WikiLeaks vaza Satiagraha e mostra advogado de Dantas com a boca na botija


Alô, Alô, Gilmar Dantas !

A versão brasileira do WikiLeaks, divulgada através da Carta Capital, mostra seis conjuntos de documentos da Operação Satiagraha.

Como previu este Conversa Afiada, não adiantou o ministro Eros Grau sentar em cima dos documentos que incriminam Daniel Dantas.

No primeiro conjunto de documentos, das páginas 54 a 57, assiste-se à mais deslavada operação de evasão fiscal e pagamento de propina.

Há a reprodução de um diálogo entre Humberto Braz, que apareceu no jornal nacional no ato de subornar um funcionário público, e Norberto Tomaz, homem de inteira confiança de Daniel Dantas, que, segundo documento vazado, realiza pagamento de propinas e controla o caixa dois do grupo Opportunity.

O diálogo ilustra a operação para pagar propina através do pagamento de honorários advocatícios de Wilson Mirza.

O inacreditável é que os agentes de Dantas tem à disposição o talão de nota fiscal de Wilson Mirza.

Até Gilmar Dantas (*) será capaz de corar.

Isto é o que o Conversa Afiada conseguiu ler nos primeiros cinco minutos de análise.

Navalha
Em boa hora, o WikiLeaks Brasil se livrou da Folha (**) e do Globo.
Dificilmente os baluartes do PiG (***) jogariam o Dantas aos leões.
É tudo da mesma jaula.

Paulo Henrique Amorim

(*) Clique aqui para ver como um eminente colonista do Globo se referiu a Ele. E aqui para ver como outra eminente colonista da GloboNews e da CBN se refere a Ele.
(**) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é, porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.
(***) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.
*conversaafiada

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