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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

domingo, agosto 07, 2011

Celso Amorim reúne-se pela primeira vez com comandantes militares após ser nomeado

O ministro da Defesa, Celso Amorim, se reúne com os ministros militares do Exército, Enzo Peri, da Aeronáutica, Juniti Saito, da Marinha, Julio Soares de Moura Neto, e o chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, José Carlos de Nardi. Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr
O novo ministro da Defesa, Celso Amorim, reuniu-se na tarde deste sábado (6/8), no Palácio do Planalto, com os comandantes da Marinha, almirante Moura Neto; do Exército, general Enzo Peri; e da Aeronáutica, brigadeiro Juniti Saito, além do chefe do Estado Maior Conjunto das Forças Armadas, general José Carlos de Nardi. Durante a conversa, o ministro da Defesa apresentou aos comandantes as motivações que o levaram a aceitar o convite da presidenta Dilma e destacou sua vontade e empenho na condução dos assuntos da pasta.
Amorim avaliou a reunião como “produtiva” e manifestou satisfação com os resultados do encontro, cujo objetivo principal foi a apresentação dos chefes das Forças Armadas a ele.
“Não vou reiventar a roda”, disse ele, acrescentando que trabalhará para implementar as ações previstas na Estratégia Nacional de Defesa.
A reunião com os chefes militares, que durou aproximadamente 1h45, serviu também para que os comandantes pudessem apresentar, de maneira breve, as questões mais prementes no âmbito de atuação das Forças Armadas. Entre os assuntos tratados na reunião figuraram questões relativas ao orçamento do setor e a agenda inicial de trabalho do novo ministro.
Os comandantes também fizeram a Amorim uma rápida exposição dos programas e projetos prioritários nas Forças. O detalhamento desses projetos deverá ser feito em reuniões individuais posteriores com o novo ministro.
*Blog do Planalto

Forças armadas são subordinadas ao Ministro da Defesa

E não para dar palpite se gosta ou não do ministro
As forças armadas de uma nação constituem o conjunto das suas organizações e forças de combate e de defesa. Dependendo do país, as forças armadas podem adoptar designações oficiais alternativas como "forças de autodefesa", "forças militares" ou "exércitos".
Na grande maioria dos países, as forças armadas são instituições nacionais permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia e na disciplina, geralmente sob a autoridade direta do ministro da Defesa ou equivalente e sob autoridade suprema do Chefe de Estado ou de Governo, dependendo do regime político.
Destinam-se essencialmente à defesa militar do país, podendo também - se a lei nacional o permitir - colaborar na garantia dos poderes constitucionais e na defesa da lei e da ordem interna.
As forças armadas são instituições nacionais autorizadas pela sua nação a usar a força - geralmente através do emprego de armas - em defesa do seu país (incluindo atacar outros países, em defesa dos interesses nacionais). Isso pode ser feito através do combate real ou da simples ameaça do uso da força.
As forças armadas, muitas vezes, funcionam como sociedades dentro de sociedades, por terem suas próprias comunidades, leis, economia, educação, medicina e outros aspectos de uma sociedade civil.

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