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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sábado, agosto 06, 2011

O Curriculum do novo ministro da defesa Celso Luiz Nunes Amorim


Celso Luiz Nunes Amorim nasceu em Santos São Paulo em 3 de junho de 1942, é um diplomata brasileiro e atual ministro da defesa. Ao longo de sua carreira, ocupou por duas vezes o cargo de ministro das Relações Exteriores do Brasil. É o atual ministro da Defesa. Foi filiado ao Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), recentemente, filiou-se ao Partido dos Trabalhadores (PT).

Formação acadêmica
Celso Amorim formou-se pelo Instituto Rio Branco em 1965, obtendo título de pós-graduação em Relações Internacionais pela Academia Diplomática de Viena, na Áustria, em 1967.

Amorim graduou-se primeiro de sua turma no Instituto Rio Branco. Como prêmio, ele foi enviado a Academia Diplomática de Viena, em 1966, onde ele foi capaz de terminar a sua tese e retornou ao Rio de Janeiro antes de ser enviado para o seu primeiro posto como diplomata em Londres. Um aluno de Ralph Milliband ele passou três anos na LSE onde concluiu todos os créditos necessários para a sua formatura. Enviado da OEA, Washington DC, antes de apresentar sua tese (Seu tutor acreditavam que era bom o suficiente para um doutorado) ele se matriculou na OEA missão brasileira, primeiro post multilateral. Seu tutor, Ralph Milliband, pai de Davi e Milliband Edward, ambos do Partido Trabalhista britânico, morreu em uma idade adiantada, e nunca Amorim apresentou o seu papel de 500 páginas para ele.

Professor universitário
Professor de Língua Portuguesa do Instituto Rio Branco, e professor de Ciência Política e Relações Internacionais da Universidade de Brasília (UnB), membro permanente do Departamento de Assuntos Internacionais do Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo.

Títulos importantes
Em 7 de outubro de 2009, Foreign Policy indicou Amorim como “o melhor chanceler do mundo” segundo David Rothkopf da referida revista americana.

Cargos governamentais anteriores
A história de Celso Amorim no serviço público iniciou-se em 1987, quando ele se tornou secretário para Assuntos Internacionais do Ministério da Ciência e Tecnologia, desempenhando tal posição até o ano de 1989. Foi então selecionado para o cargo de diretor-geral para Assuntos Culturais no Ministério das Relações Exteriores, à época chefiado por Abreu Sodré.

Contudo, Amorim assumiu nova posição em 1990, sendo nomeado diretor-geral para Assuntos Econômicos. Em 1992, assumiu pela primeira vez a chefia de uma missão no exterior, ao tornar-se representante do Brasil no Acordo Geral de Tarifas e Comércio (GATT).

Amorim foi convidado por Eduardo Portela, Ministro da Educação e Cultura, em 1979, com o apoio da classe cinematográfica para assumir a Embrafilme. Sugestão do colega diplomata, escritor e cineasta Edgard Telles Ribeiro. Mudou-se para o Rio de Janeiro , sede da empresa. Amorim trabalhara com Ruy Guerra , fazendo edição e continuidade do filme “Os Cafagestes”. Atuara também como assistente de Leon Hirshmann em um dos episódios de “Cinco Vezes Favela”.

De sua vida política precoce como diretor geral da Embrafilme, em 1979 ( DO1979), e sua carreira ainda mais precoce , como jóvem cineasta, deixou para os filhos a carreira que nunca abraçou completamente…Com exceção da filha Anita, formadana UNICAMP, pós graduada na Sorbonne, e trabalhando fazem 20 anos na ONU ( UNESCO e OIT), Vicente, Pedro Miguel e João Gabriel estão no cinema.

Ministro das Relações Exteriores (1993-1995)
Em maio de 1993, durante o governo de Itamar Franco, Celso Amorim foi chamado pelo então chanceler José Aparecido, que substituiria Fernando Henrique Cardoso, para ser secretário-geral do Itamaraty. Porém, em decorrência de problemas de saúde, Aparecido não tomou posse, e Amorim assumiu interinamente o ministério até, em agosto daquele mesmo ano, ser finalmente efetivado chanceler.

Embaixador brasileiro no Reino Unido e outros papéis
Em 1995, Fernando Henrique Cardoso, eleito presidente da República, indicou Celso Amorim para chefiar a Missão Permanente do Brasil nas Nações Unidas, em Nova Iorque, função que exerceu até 1999.

Em 1999, ele assumiu a chefia da missão brasileira na Organização Mundial do Comércio (OMC), em Genebra, Suíça.

Em 2001, Amorim foi transferido para Londres, assumindo a embaixada brasileira no Reino Unido. Em finais de 2002, foi convidado por Luiz Inácio Lula da Silva para ser seu chanceler.

Ministro das Relações Exteriores (2003-2010)
De 2003 a 2010, Celso Amorim foi o ministro das Relações Exteriores do governo Lula. Ele, Luiz Dulci e Jorge Armando Felix foram os únicos ministros ou secretários do primeiro gabinete de Lula a permanecer nos cargos para que foram originalmente designados.

Em seu segundo ministério, Amorim tornou-se responsável pelo direcionamento humanista da política externa brasileira atual, que incluiu entre seus objetivos a luta contra a fome, apobreza e o unilateralismo. Formulou coalizões com países do hemisfério sul, tais como G-20 (luta pela redução das distorções no comércio agrícola, na Organização Mundial de Comércio), o G-4 (luta para tornar o Conselho de Segurança das Nações Unidas menos anacrônico e mais legítimo e representativo), o G-3 (Fórum IBAS - Índia, Brasil e África do Sul – para coordenação de posições no cenário internacional) e participou ativamente na institucionalização do chamado BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China).

Em 29 de outubro de 2010, o Ministro Celso Amorim recebeu, em Miami, o prêmio “Bravo Business” da revista Latin Trade, na categoria “Innovative Leader of the Year”. No mesmo dia, foi o orador principal do painel “Brazil’s Role in the Global Economy”.

Ministro da Defesa
Em 4 de agosto de 2011, Celso Amorim foi convidado suceder Nelson Jobim como ministro da defesa, que entregara sua carta de demissão no mesmo dia. Segundo a assessoria da Presidência, Amorim aceitou o convite.


Fonte: Wickipedia via Plano Brasil
*Militanciaviva

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