Em maio, linhas da CPTM tiveram panes em pelo menos 15 dias
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No
mesmo mês em que faz 20 anos de fundação, a Companhia Paulista de Trens
Metropolitanos (CPTM) encerrou maio com uma estatística que não pode
ser comemorada. Dos 31 dias do mês, em 15 ocorreram problemas em pelo
menos uma das linhas de trens distribuídas por cidades da Grande São
Paulo, segundo reconhece a própria companhia.
As causas dos problemas são diversas. De
trens de passageiros que precisam diminuir a velocidade devido à
presença de trens de carga na linha, passando por defeitos na
sinalização e queda de energia, até chegar a linhas inteiras paralisadas
por conta de greve de funcionários.
Assim como as causas, os prejudicados
também são muitos. Aproximadamente 2,7 milhões de passageiros utilizam
as linhas todos os dias. “Sempre tem problema, não tem dúvida. Os
maiores problemas são a lotação e a lentidão. Às 17h sempre fica parado
porque a energia está baixa. O trem fica parado por muito tempo na
estação. Quatro, cinco minutos e aí quando vai sair está tão cheio que
não consegue fechar as portas”, reclama Mauro de Souza Macedo, corretor
de vendas de um banco.
A CPTM gerencia seis linhas de trens na
Grande São Paulo e nenhuma delas escapou dos problemas em maio. A greve
de funcionários de duas linhas, no dia 23 de maio, e o acidente com duas
composições do Metrô, no dia 16 de maio, ajudaram a ampliar os
problemas.
A linha mais problemática do mês foi a
12-Safira, que liga as estações Brás - onde fica o centro de controle da
CPTM - a Calmon Viana, com problemas em sete dias do mês, incluindo
greve, reflexos do acidente do Metrô e ações de vandalismos dos próprios
usuários. A segunda linha mais problemática foi a 9-Esmeralda, que liga
Osasco ao Grajaú, com cinco ocorrências. Essa linha tem passado por
constantes obras nos últimos meses, ficando fechada em vários finais de
semana, para modernização.
“Sempre tem problema nessa linha por
falta de energia, lotação, por não conseguir fechar as portas. O trem
para muito tempo nas estações. A gente acaba atrasando, perdendo tempo,
perdendo serviço”, diz Antônio Bernardino de Lima, aposentado de 72 anos
e office boy, na estação Cidade Jardim, na Linha 9.
Mas foi o dia 18 o que apresentou
problemas em mais linhas, quando um defeito na linha 8-Diamante
prejudicou, em cascata, os usuários de outras 4 linhas. “O problema é
sempre o mesmo, atraso e lotação. E quando está lotado, você não vê um
funcionário para ajudar. A lotação é pior no Grajaú e Santo Amaro (Linha
9). Hoje mesmo (ontem, 31) o trem ficou parado mais de 40 minutos no
Grajaú (dia em que a CPTM diz que não houve problemas). Isso atrapalha a
gente, está sempre lotado, atrasa e o problema é que mal temos tempo de
reclamar. Não tem opção”, reclama a diarista Maria Sônia Pereira de
Andrade, de 53 anos.
Nem mesmo o Centro de Controle
Operacional Unificado, no Brás, que segundo a CPTM é considerado o mais
moderno das ferrovias brasileiras, tem sido suficiente para diminuir o
sofrimento dos passageiros. Das seis linhas, apenas a 10-Turquesa (Brás -
Rio Grande da Serra) não é controlada pelo centro. Ela também é uma das
três que registraram problemas em ‘apenas’ três dias de maio, assim
como as linhas 8-Diamante (Júlio Prestes – Itapevi) e a 11-Coral (Luz –
Estudantes).
fonte: Portal IG
*Cappacete
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