Páginas

Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

domingo, junho 03, 2012

Focinheira na Gang das Teles: Maior parte dos interurbanos vai virar ligação local

 

Via 247
Áreas de DDD serão reduzidas de 4,2 mil para apenas 67, reduzindo o custo das ligações telefônicas
Depois da queda dos juros, o governo quer forçar as operadoras telefônicas a reduzir o custo das ligações no Brasil, que é o mais alto do mundo. A intenção foi anunciada pelo ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, em entrevista ao jornal O Globo. “As empresas vão perder receita, num primeiro momento, mas isso será compensado com o aumento do número de ligações”.
A principal medida consiste na redução do número da área de DDDs, dos chamados interurbanos. Hoje, são 4,2 mil áreas e serão apenas 67. Uma ligação de São Paulo a Santos, por exemplo, passaria a ser local. Bernardo também promete reduzir o valor das ligações pré-pagas, usadas, principalmente, pela população de baixa renda. São tão caras que, em média, o consumo é de apenas R$ 7 por mês por cada aparelho.
O governo pretende ainda fazer com que o preço dos smartphones produzidos na Zona Franca de Manaus e em outras regiões do País caia até 35%. Os aparelhos deverão custar, no máximo, R$ 380.
*GilsonSampaio

Nenhum comentário:

Postar um comentário