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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sábado, junho 02, 2012

Jornalismo da Globo é como farmácia: de manipulação


Vexame: Globo apaga caixa-2 de José Serra e Paulo Preto da entrevista de Pagot 


A revista Época (da Globo) repete mais um episódio de parcialidade, manipulação e proteção a José Serra, semelhante à famosa bolinha de papel em 2010, quando contratou o perito Molina. 


O ex-diretor do Departamento Nacional de Infraestrutura Terrestre (Dnit) Luiz Antônio Pagot, deu entrevista à revista IstoÉ, contendo os trechos: 


... me neguei a assinar um aditivo do Rodoanel (...) era empreitada global, não pode fazer aditivo. (...) Quando a obra chegou ao final, a Dersa veio me cobrar mais dinheiro (...) o Paulo Preto apresentou a fatura de R$ 260 milhões. Não aceitei. (...) O Paulo Preto (diretor da Dersa) me ligava toda hora. (...) todos os empreiteiros do Brasil sabiam que essa obra (o Rodoanel) financiava a campanha do Serra (...) Veio um procurador de empreiteira me avisar. "Você tem que se previnir. Tem 8% entrando lá!" Esse 8% era caixa 2. Era 60% para o Serra, 20% para o Kassab e 20% para o Alckmin. 


Simultaneamente deu também entrevista à revista Época, das organizações Globo. 


Esta revista da Globo deu o vexame de não publicar nada sobre o Rodoanel, José Serra, Paulo Preto, Alckmin e Kassab! 


Só publicou a parte da entrevista que ataca petistas (parte que também foi publicado na IstoÉ).


Em tempo: Pagot diz que ajudou a pedir doações para a campanha petista de 2010, junto a empresários que conhecia, porém dentro da lei e oficiais junto à justiça eleitoral, segundo afirma. Mostra-se ressentido de ter ajudado na campanha e ter sido descartado do governo, resultado de uma conspiração de Cachoeira com a Delta na revista Veja, segundo diz. 


O deputado federal José de Filippi Jr emitiu nota de esclarecimento: 


Nota à Imprensa - Reportagens Época e IstoÉ 


Em resposta às matérias publicadas nesta sexta-feira, 1º de junho, “Tesoureiro do PT pediu ajuda a Pagot para campanha de Dilma”, no site da Revista ÉPOCA, e “As confissões de Pagot”, no site da Revista ISTO É, a Assessoria de Imprensa do deputado federal José de Filippi Jr. esclarece que: 


1) O deputado José de Filippi Jr. não é tesoureiro do PT. Foi coordenador financeiro da campanha presidencial da candidata Dilma Rousseff, em 2010, e teve as contas aprovadas pelo TSE. 


2) O senhor Luiz Antônio Pagot se apresentou voluntariamente no comitê de campanha, como ele mesmo afirma na matéria da ÉPOCA: “Fui um colaborador espontâneo”. À ocasião estava acompanhado de alguns dirigentes do PR e ofereceu apoio logístico para a campanha, na forma da cessão de três aviões do senhor Blairo Maggi. Isto nunca se concretizou. 


3) Filippi não solicitou ao sr. Pagot que fizesse contato com empreiteiras e construtoras. Este trabalho era realizado por Filippi, na condição de coordenador financeiro da campanha. 


4) É incorreta a informação de que o sr. Pagot encaminhava para Filippi boletos de depósitos de empreiteiras, pois as doações eleitorais são eletrônicas e identificadas pelas instituições bancárias. Assim, a coordenação financeira tinha acesso online aos depósitos feitos. 


5) Esclarecemos ainda que a quase totalidade das empresas listadas como doadoras da campanha da Presidenta Dilma Rousseff na reportagem da ISTO É já mantinha contatos com a coordenação financeira, pois doaram para a campanha presidencial de 2006. Estes são os fatos. 


Atenciosamente, Assessoria de Imprensa do Deputado Federal José de Filippi Jr. 


No Blog de Um Sem Mídia

Postado por zcarlos 
*cutucandodeleve

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