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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

domingo, junho 03, 2012

Lula: - Haddad é o candidato que SP precisa... Serra está desgastado


O presidente Lula juntou-se a Fernando Haddad, no sábado (2) para o encontro de delegados para discussão de diretrizes do Plano de Governo do PT para São Paulo. No evento foi apresentado o mote de campanha para a população: "O homem novo para um tempo novo".

Lula discursou, Haddad também, mas hoje escolhemos um vídeo de outro discurso bem legal, o da Janaína. Olha só que história bonita de superação de dificuldades, e que consciência política e garra a moça tem:





É por gente como a Janaína que temos a certeza de que brasileiro excluído só era problema para governo que não inclui.  É só estender a mão, dar uma chance para encontrar seu caminho, que vira solução, dá tudo certo e vai longe.

Com auditório lotado de militantes, na hora de Lula falar, ele lembrou das realizações de Haddad no Ministério da Educação e disse:

“Você não é o meu candidato, você é o candidato que São Paulo precisa nesse momento histórico”, afirmou Lula.
(...) 
Nosso desafio é encontrar o discurso para falar com os 35% que já votam no PT e aqueles que não votam no PT (...) Essas pessoas (que não votam no partido) não são pessoas de esquerda ou de direita, mas são pessoas que ainda estão desinformadas sobre o que o partido pode fazer por São Paulo”.

Sobrou também o pré-candidato tucano José Serra, apesar de Lula não citar nomes, disse: "um dos adversários está desgastado (...) Alguém que já foi eleito e não exerceu [o mandato]”.

Na hora de Fernando Haddad falar, disse:

“... a casa não termina na soleira da porta” – e falou que São Paulo não acompanha os avanços que o país teve nos últimos anos governo Lula e Dilma: “A nossa cidade é a moradia ampliada, e a porta da rua é apenas uma fronteira. A vida melhorou dentro de casa e piorou da porta da rua para fora”

Em seguida criticou o mau aproveitamento das parcerias entre Prefeitura e Governo Federal, às vezes por ranço: “Não sendo capaz de promover uma agenda de desenvolvimento sustentável, a administração se negou a fazer parcerias para não dividir o sucesso”.

E sem citar nomes, fez críticas ao adversário tucano José Serra, que já abandonou a prefeitura uma vez, e sonha em candidatar-se a presidente em 2014: “São Paulo cansou de prefeitos de meio-expediente e de meio-mandato (...) Eu não sou alpinista político, nem profissional de eleições. Jamais usarei a prefeitura como trampolim ou degrau de interesses pessoais”. (Com informações do PT paulistano)
*osamigosdopresidentelula

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