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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sábado, julho 28, 2012

Arabia Saudita abre fogo contra manifestação pacífica

 do  Somos Todos Palestinos

Arabie: Manifestation réclamant la libération des détenus
Forças de segurança da Arabia Saudita  abriram fogo contra uma manifestação de várias centenas de pessoas na região de Qatif, no leste do país, que exigiam a libertação de presos políticos, manifestantes detidos pelas autoridades , no Distrito Oriental de Qatif.
De acordo com testemunhas citadas pela AFP, Mohammad Chakhouri, cujo nome aparece em uma lista de 23 pessoas procurados pelas autoridades, foi ferido por balas, dos quais dois disparos atingiu-o  nas costas e no pescoço e, em seguida, foi levado para um hospital militar perto de Dhahran .
Além de balas de fogo,  a pol ícia fez uso  do gás lacrimogêneo para dispersar os manifestantes que exibiam retratos dos prisioneiros, incluindo o influente clérigo Nimr al-Nimr, preso no início do mê de Julho.
Dois manifestantes foram mortos em julho, provocando a ira dos habitantes da região leste.
Esta região, leste da Arábia Saudita, uma região rica em petróleo, está sendo sacudida por desafios populares desde março de 2011, exigindo reformas políticas no Reino.
Dezenas de manifestantes foram feridos gravemente e outros  14  foram detidos , informou o Canal de TV Al Alam.
*GilsonSampaio

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