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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sábado, dezembro 08, 2012

Cem caças chineses realizam o maior exercício aéreo de Pequim

by guevara2012

Tradução: Caminho Alternativo
(08-12-2012)
China realizou um de seus maiores treinamentos militares aéreos com a participação de aproximadamente 100 aviões de combate em meio às crescentes tensões com Japão sobre a disputa territorial no Mar Oriental da China.
Os exercicios de combate aéreos duraram 11 dias do passado mês na região ocidental norte de Xinjiang, segundo o site do jornal do Partido Comunista ‘O Jornal do Povo’.
Os pilotos simulavam participar em combates aéreos e colocaram em prática métodos para impedir a interferência eletromagnética, segundo os informes.
Entre os aparelhos envolvidos no exercício, com 14 unidades separadas, se encontravam os mais modernos aviões de combate da China, o J-10 e J-11, junto com modelos mais antigos e Sukhoi Su-30s comprados da Rússia.
Os exercícios são uma clara demostração da enorme melhoria experimentada pela capacidade militar da China, o que suscitou inquietude em outras nações da Ásia e EUA.
O jornal ‘Global Times’ qualificou os exercícios como os maiores dos últimos anos, tanto em potência de fogo como por número de aviões. Além disso, os treinamentos envolveram a um grande número de técnicos e especialistas em mísseis, radares e outras tecnologias relacionadas.
Estes exercícios ocorrem em meio a crescente tensão entre China e Japão pelas ilhas Senkaku (Diaoyu). A disputa ficou mais tensa quando em setembro Tokio anunciou a compra de três das polêmicas ilhas e China respondeu com o envío de patrulhas às águas do arquipélago. A decisão de Japão desatou violentas manifestações anti-japonesas na China. A mediados de outubro China realizou várias manobras militares no mar Oriental da China.

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