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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sábado, dezembro 08, 2012

Rússia implantou mísseis Alexandre na Síria em resposta aos mísseis da OTAN na Turquía

by guevara2012

Tradução: Caminho Alternativo
(07-12-2012)
Mísseis russos tipo Alexander foram entregues à Síria, assegurou um especialista libanés sobre questões regionais, Elyas Ebrahim, numa entrevista com a Agência iraniana de notícias Farsnews.
Os mísseis Alexandre são mais poderosos que os Patriot e sua implantação é uma reação à decisão da OTAN de utilizar o território turco para colocar os Patriot. Estes são mísseis superfície-superfície que podem ser utilizados também contra objetivos aéreos e sua cabeça possui uma capacidade destrutiva superior à dos Patriot”, explicou.
Segundo este especialista, estes mísseis foram entregues à Síria através de barcos russos que chegaram recentemente à Tartus, onde se encontra a base da Marinha russa.
Ele assinalou que “Rússia considera a Síria como parte da segurança nacional da Rússia, ou inclusive como uma linha vermelha que não pode ser atravessada,” acrescentando que “esta iniciativa causou surpresa, especialmente, porque os mísseis Alexandre são conhecidos por ser melhores que os Patriot no aspecto militar. Isto significa que Rússia está disposta a comprometer-se seriamente para defender a Síria com o risco de se envolver num confronto se for necessário”.
“Os mísseis Patriot são incapazes de resistir uma colisão contra os mísseis Alexandre. Rússia ameaçou com implantar mísseis Alexander perto do território polonês para fazer frente ao estabelecimento ali do escudo anti-mísseis da OTAN, que depende fundamentalmente dos mísseis Patriot”.
O especialista informa que a “Rússia recusa qualquer violação do espaço aéreo da Síria e isto foi demonstrado claramente quando utilizou seu direito de veto no Conselho de Segurança. Mesmo assim, deixou claro que qualquer tentativa de eludir a legitimidade internacional será afrontada pela força militar.
*caminhoalternativo

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