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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quinta-feira, junho 13, 2013

Houve um tempo nos EUA em que a Ku Klux Klan era saudada como defensora de verdadeiros valores americanos

Pois é minha gente, se" cochilar o cachimbo cai". Hoje estão em negociação as partes interessadas na questão do aumento das passagens no RJ e em SP, as manifestações já estão agendadas. Muitas cidades estão optando para a redução da passagem, que é no mínimo mais adequada no momento. Eu pessoalmente sou favorável ao transporte público público de verdade e não privado e subsidiado pelas prefeituras. Só o usuário é penalizado, paga, viaja em más condições e não tem opção, a única opção é o protesto. Esse nosso tempo é de mudanças, então vamos deixá-las acontecer. Vejam só essa foto e o comentário postado, na minha opinião é uma situação bem semelhante, inclusive no comentário o comportamento de algumas figuras públicas é citado. Não tenho dúvidas do que é energia e comportamentos negativos e retrocesso. A questão do transporte é a mesma coisa, entre outras, claro. Parem de chamar de vândalos quem quer mudar essa realidade, ela já está falida e c...Ver mais
Houve um tempo nos EUA em que a Ku Klux Klan era saudada como defensora de verdadeiros valores americanos. Eles eram de classe média, brancos, religiosos e se divertiam linchando negros.
Um desses espetáculos de massas é descrito cruamente nesse texto: "O negro é cozido, flamejado e queimado, pois deve morrer duas vezes em lugar de uma só. É depois enforcado, ou mais exatamente, o que resta do seu corpo é pendurado... Quando já todos estão saciados, o cadáver é descido. A corda é então cortada em pequenos pedaços, cada um dos quais será vendido por três a cinco dólares".
Então um "viva!" aos Felicianos e Bolssonaros da vida, que, com a Bíblia debaixo do braço, lincham e condenam ao inferno homossexuais, a ateus e outros que não se encaixam no modelo fascista que querem implementar no Brasil.
*Deise N.
*Carlos Rosa.

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