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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

segunda-feira, junho 03, 2013

Impressionante! É A BOLINHA DE PAPEL DO GURGEL!


 
 
Fica evidente que NÃO FOI A MESMA PESSOA QUE ASSINOU OS DOIS PARECERES DA PGR.
POR QUE?
O que pode ter provocado essa grosseira falsificação?
Hipóteses:
1) No site do STF, aparece no acompanhamento do inquérito 3152 (e isso é PÚBLICO !), que o assunto FOI COLOCADO NA PAUTA DO SUPREMO para julgamento no dia 22/02/2013, uma sexta-feira depois da semana de Carnaval (veja abaixo).
Ou seja, se julgaria aí o PEDIDO DE ARQUIVAMENTO DA PGR, e o STF não poderia fazer nada diferente do que ARQUIVAR.
Diante da iminência do que aconteceria, naturalmente deve ter havido uma correria nos gabinetes do imaculado banqueiro (como diz você) Daniel Dantas e de seu advogado, Dr Aristides Junqueira.
Passadas 2 semanas, a PGR requisita o inquérito e, EM SEIS DIAS, coloca o novo parecer nas mãos do Ministro Toffoli, que, para o pedido de arquivamento, analisou ao longo de DEZOITO MESES.
DJ Nr. 35 do dia 22/02/2013
Plenário
Pauta de Julgamento
INQUÉRITO Nr. 3152
2) Ou seja, o Dantas precisaria AGIR RÁPIDO para o assunto não ir ao PLENÁRIO DO STF.
E a PGR tinha que andar rapidissimamente, como fez, por motivos que só os deuses podem esclarecer.
Agora, as hipóteses para alguém assinar em lugar da Procuradora Claudia, já que, obviamente, as assinaturas são diferentes:
a) Ela estar viajando entre 12 e 18/03 e aí alguém tinha que assinar por ela para entrar rápido na mesa de Toffoli e evitar o julgamento no plenário.
b) O marido, que o senador Collor chama de “prevaricador”, assinou por ela e depois contou para ela. (É interessante que a assinatura dele é mais “forte”, mais “carcada”, como a da segunda assinatura dela).
c) Ela temeu as consequências e, propositadamente, fez com que alguém assinasse em seu lugar.
Isso tudo parece absurdo?
É possível imaginar que isso se passaria na Procuradoria Geral da República do Brasil?
Parece uma insensatez formular essas hipóteses?
Caro amigo navegante do ansioso blog: é, sim, tudo, um absurdo!
Outra hipótese:
Se alguém tiver assinado por ela, alguém pode ter escrito por ela.
(A Carta Capital afirma que os “estilos” dos dois pareceres são diferentes. Não seria o caso de examinar o “estilo” dos advogados do imaculado banqueiro com o do segundo documento “assinado” pela Procuradora?)
Outro ponto interessante é que o Ministro Toffoli traz o processo à CONCLUSÃO logo depois do parecer da PGR (isso impede que as partes tenham cópia por cerca de 1 mês).
E, imediatamente, pede para retirar da agenda do Plenário.
Assim que sai a decisão do Presidente Joaquim Barbosa – quando ele vai legitimar a Satiagraha? – Toffoli publica a decisão dele.
E como Gurgel e a mulher, Toffoli ignora os argumentos dos “acusados.
Como o argumento do delegado Protógenes de que R$ 280 mil não tinham sido apreendidos na casa dele.
Primeiro, o sistema acusatório constitucional foi desvirtuado por um juiz – Ali Mazloum - que concebeu uma investigação sem o MP ter acusado e em cima de dados falsos.
E na suposição de que um ansioso blogueiro tenha que dar satisfações sobre a quem dirige seus telefonemas.
Agora, a Procuradoria Geral da República (sic) muda o que achava depois de uma petição feita por um imaculado banqueiro (condenado a 10 anos de prisão) e interessado direto na ação, EMBORA NÃO SEJA PARTE DELA.
Com tudo isso, a assinatura da Dra Claudia Sampaio é o que vai “pegar”.
Atenciosamente e sempre a seu dispor,
Aurélio Buarque de Espanha, modesto redator de verbetes

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