É muito grave a atual situação de crise de abastecimento de água nos municípios da região metropolitana de São Paulo e é ainda mais grave a atitude irresponsável do governador do estado, Geraldo Alckmin (PSDB), frente a essa crise. O volume morto do reservatório Cantareira vem sendo utilizado há meses e agora o mesmo volume de outro reservatório, o Alto Tietê, também poderá ser utilizado.
Mesmo negando, o governo do estado aplica um racionamento velado suspendendo o fornecimento de água durante o período noturno em vários bairros da capital. Evidentemente que os bairros mais pobres são os principais afetados por esse racionamento que é realizado através do fechamento momentâneo de partes do sistema que bombeia o fluxo de água.
Os funcionários da Sabesp que cumprem a tarefa diária de realizar a manutenção das redes de água e esgoto, enfrentando o frio e o sol todos os dias em um trabalho desgastante, são cobrados pela população por essa crise sem, no entanto, terem qualquer responsabilidade. As decisões políticas do governador do Estado de transformar o fornecimento de água em um negócio lucrativo para empreiteiras terceirizadas e investidores da bolsa são as únicas responsáveis por essa situação. Soma-se a isso o interesse eleitoral do PSDB de não realizar o racionamento de forma transparente em um ano de eleição.
Colocar em risco o fornecimento de água em uma metrópole com mais de 20 milhões de habitantes é na verdade um grande crime. Atualmente, o nível do reservatório cantareira está em menos de 17% e o do Alto Tietê em 22%, seguramente, os menores níveis de reserva de água da história. É preciso que a população se mobilize para responder a essa situação e exija intervenção pública dos órgãos responsáveis para impedir que os reservatórios sequem e a crise da água se aprofunde em São Paulo.
Redação São Paulo*Averdade
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