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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quarta-feira, julho 23, 2014

MUJICA DEVOLVE
VANDALEIROS À GLOBO

Enquanto era para detonar a Dilma, liberdade aos vandaleiros !
Dra Samy no Consulado do Uruguai: vá se queixar ao Kamel

O Governo do Presidente José Mujica negou asilo à vandaleira Eloisa Samy, que, foragida,  integra o grupo da Sininho, aquela que ia botar fogo na Câmara Municipal do Rio, segundo reportagem do convertido jornal nacional, do Gilberto Freire com “i” (*). 

Como se sabe, depois de desbaratar a quadrilha do ingresso da MAFIFA, com o competente trabalho da delegacia da Praça da Bandeira, a Polícia do Rio, do Secretário Beltrame, fez levantamento minucioso sobre as atividades dos vandaleiros.

Aqueles que se misturavam aos black blocs para exigir padrão FIFA, na Educação, na Saúde, e para avisar que não ia ter Copa.

Como é a Polícia do Rio, de um Governo híbrido mas não tucano, o papel dos policiais não mereceu destaque no PiG tucano, especialmente o de São Paulo.

A decisão do Governo Mujica tem um significado interessante: os vandaleiros não merecem o status de refugiados políticos.

Refugiados, mesmo, eles foram na Globo, que incentivou suas atividades e chegou a fazer um “editorial” para defender a liberdade de expressão deles – clique aqui para ver na TV Afiada um “agradecimento” de vandaleiro ao Bonner.

Quando a Globo viu que a batata dela ia assar, também, e as manifestações começaram a cobrar o DARF e aintrometer-se na transmissão de um SP TV, aí, a Globo se converteu à causa da Ordem !

Quando era para derrubar a Dilma, tudo bem.

Na hora de pegar a Globo, aí, não !

Restaure-se a Legalidade !

As suaves apresentadoras da GloboNews não deviam mais dizer aos manifesteiros “pro Maracanã é só seguir em frente !”; “pela direita vocês chegam à ponte Rio-Niteroi !”

Podia ser um tiro no pé.

Mujica devolve os vandaleiros a seu berço !


Paulo Henrique Amorim

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