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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sábado, julho 19, 2014

Governo pró-imperialista de Kiev e a CIA tentaram atingir avião de Putin


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Governo pró-imperialista de Kiev e a CIA tentaram atingir avião de Putin e acabaram matando civis

LBI-QI Diario LiberdadeA derrubada do Boeing da Malaysia Airlines, atingido por um míssil quando cruzava o espaço aéreo da Ucrânia fez parte de uma operação militar da CIA que pretendia assassinar o presidente russo Vladimir Putin.
A comitiva estatal russa retornava de uma viagem ao Brasil, onde consolidou politicamente o bloco dos BRICS com a criação de um banco de fomento gerando a ira do FMI, quando atravessou o céu da Ucrânia uma hora depois do avião civil que partiu da Holanda para a Malásia.
O serviço secreto russo não divulgou previamente a rota do moderno avião de Putin, que está equipado com baterias antimíssil, mas há suspeitas de infiltração da CIA na delegação russa, o que não é propriamente uma "novidade". A frota aérea da comitiva estatal de Putin dispõe de dois aviões idênticos e nunca é divulgado em que aeronave o presidente embarcará, esta prática de segurança é a mesma utilizada pelo governo ianque há várias décadas, como o espaço de tempo entre os dois jatos é de cerca de meia hora especula-se que o Boeing da Malaysia se "meteu" na mira dos terroristas da CIA exatamente neste interregno.
Uma reportagem da agência de notícias "Russia Today" traz a declaração de uma fonte da Aviação da Rússia que pediu para não ser identificada: "Posso dizer que o avião presidencial e o Boeing de Malaysia Airlines cruzaram o mesmo ponto e o mesmo corredor. Isto ocorreu perto de Varsóvia a uma altitude de 10.100 metros. O avião presidencial estava no local às 16h21 (hora local) e o avião da Malaysia Airlines às 15h44 (hora local)", declarou o funcionário do departamento de defesa russo. A tragédia causou a morte de 295 pessoas de várias nacionalidades que estavam a bordo do Boeing , e para se livrar de sua responsabilidade no covarde atentado o governo fascista de Kiev, cúmplice da CIA, quer colocar nas costas dos rebeldes pró-russos o ônus do desastre.
 
Não por coincidência, no dia anterior Obama, baseado em um relatório da CIA que acusava o governo de Moscou de ampliar a ajuda militar aos separatistas ucranianos, anunciava várias sanções econômicas contra Putin e empresas russas.Na verdade, o maior temor neste momento da Casa Branca é que Putin interfira na crise do Oriente Médio, sinalizando ao Irã que apoiará uma ação dos Aiatolás contra o genocídio sionista em curso contra o povo palestino. O Irã já declarou que precisaria do respaldo russo para atacar Israel ou mesmo fornecer armamento pesado para que o Hamas possa fazer frente à ofensiva sionista.
Putin neste momento é a peça chave no explosivo cenário do Oriente Médio, que poderá inclusive deflagrar um conflito atômico entre as forças militares de Israel e o Irã. Depois do vergonhoso recuo na guerra civil da Ucrânia, o governo russo estava sendo pressionado por setores "ortodoxos" do antigo Exército Vermelho, a intervir junto aos países árabes (Irã, Síria e Líbano) contra a sangrenta investida do nazi Netanyahu, mas a CIA não poderia nem admitir esta possibilidade.
Com o pragmatismo dos falcões do Pentágono "dando as cartas" em Washington o mais próximo da realidade, mais além das ficções conspirativas, é que a CIA tenha planejado o atentado contra Putin há algum tempo, encontrando no retorno da comitiva russa do Brasil o melhor momento.É evidente que diante da "imprecisão" terrorista da CIA a "carga" midiática das consequências da trágica derrubada do Boeing recairá sobre os ombros do bloco russo, seja na forma dos rebeldes anti-Kiev ou do próprio Kremlin. Ainda não há uma posição oficial do governo ucraniano acerca dos motivos da queda do avião, existem duas possibilidades: A primeira é de que atribua a uma sabotagem interna realizada no interior da própria aeronave e a segunda é de que o desastre teria sido provocado por foguetes lançados desde o solo.
Nas duas variantes a "inocência" da CIA sempre será preservada pelos guardiães da mídia "Murdochiana" internacional. A grande "comoção" mundial gerada pela tragédia, levando a morte de centenas de civis, acuará ainda mais o vacilante governo Putin a abandonar completamente o combate contra os fascistas de "Maidan". Porém, o objetivo central da Casa Branca neste momento é atar as mãos de Moscou diante da invasão terrestre do gendarme de Israel sobre a faixa de Gaza. Sem o suporte militar e político da Rússia dificilmente os governos islâmicos teriam condições de enfrentar o poderio bélico sionista e a cobertura diplomática de Obama em apoio aos crimes hediondos de Tel Aviv.
Não será a primeira vez que a CIA e o Pentágono utilizam a derrubada de aviões civis para provocar conflitos militares. A hipótese da derrubada da aeronave interessar aos separatistas é tão ridícula que nem merece ser comentada. Em 1983 os EUA "orientaram" uma aeronave civil coreana a sobrevoar um espaço aéreo fechado da antiga URSS, levando a sua queda e morte de centenas de inocentes. Provocações de menor escala são frequentes no roteiro sinistro da CIA, sempre criminalizando forças políticas que se opõe a hegemonia ianque sobre o planeta.
Longe de qualquer manobra distracionista do imperialismo que visa com este "acidente" criar uma cortina mundial de fumaça diante do genocídio do povo palestino, a tarefa central dos revolucionários nesta conjuntura é convocar todas as correntes e governos antissionistas a prestar apoio efetivo, tanto no campo político e militar, à luta das massas palestinas.

http://www.patrialatina.com.br/editorias.php?idprog=dd33a21f7b5d1e39ae66b67be7a6d253&cod=14030
*Pravda

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