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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

segunda-feira, dezembro 01, 2014

TRATAMENTO QUÍMICO JÁ! - FALCÃO PEITA AÉCIO E DIZ QUE "PT NÃO LEVA DESAFORO PARA CASA"

247 – O presidente do PT, Rui Falcão, anunciou que o partido está se preparando para interpelar o senador Aécio Neves (PSDB-MG) por sua declaração contra o partido em entrevista à Globonews. "Já estamos interpelando o senador mineiro derrotado. Em seguida, processo crime no STF. O PT não leva recado para casa", escreveu, em sua página no Twitter.
A intenção do partido é que Aécio confirme na Justiça a declaração que deu ao jornalista Roberto D´Ávila, de que não teria perdido a eleição para um partido político, mas para uma organização criminosa. Caso Aécio confirme, Rui Falcão anunciou ainda que o partido entrará com processo crime no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o parlamentar tucano.
"Na verdade, eu não perdi a eleição para um partido político. Eu perdi a eleição para uma organização criminosa que se instalou no seio de algumas empresas brasileiras patrocinadas por esse grupo político que aí está", declarou o tucano no programa Roberto D´Ávila (assista aqui).
A declaração foi rebatida por lideranças petistas. "Alguém deve lembrar ao senador Aécio que ele foi derrotado por 54.501.118 milhões de brasileiros; aproveita e passe o endereço de um dos excelentes terapeutas que o Rio de Janeiro tem", disse o ministro Miguel Rosseto, que foi um dos coordenadores da campanha de Dilma, ao jornal O Globo.
"Aécio mostra que não sabe perder. Não é só um problema político, ele está abalado psicologicamente. A derrota em Minas abalou Aécio porque, ao perder no seu estado, perdeu também a corrida dentro do próprio PSDB", disse ontem o secretário de Comunicação do PT, José Américo.

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