Clinton: “Há poucos lugares para ser tão otimista como no Brasil.”
Daniel Rittner e Eduardo Campos, via Valor Econômico em 12/11/2015
O ex-presidente dos Estados Unidos Bill Clinton disse na quinta-feira, dia 12/11, que existem “poucos lugares no mundo” para ser tão otimista como no Brasil. “É natural que eventos negativos dominem as manchetes, mas o futuro é forjado pelas perspectivas de longo prazo”, afirmou Clinton, em discurso de encerramento do Encontro Nacional da Indústria (Enai), em Brasília.
Como preâmbulo, o ex-presidente norte-americano reconheceu que o momento político e econômico brasileiro pode soar “desafiador”. Ele lembrou que, depois da crise de 2008, muitas pessoas acreditavam que o centro das decisões mundiais estaria migrando para os países do Brics – o bloco formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.
A China tem enfrentado desafios para substituir o comércio exterior pela demanda interna como motor do crescimento, a Rússia foi atingida pela queda dos preços do petróleo e pelas sanções econômicas, as reformas liberalizantes propostas pelo governo da Índia não conseguem avançar no Parlamento. “Tudo isso teve impacto para o Brasil, porque uma parte significativa do PIB está relacionada às exportações e boa parte das exportações é de commodities”.
“Sucesso dramático”Clinton fez uma pausa, no entanto, antes de lançar uma mensagem de otimismo. “Eu conclamo vocês a refletir sobre as notáveis mudanças que ocorreram no país durante os últimos 20 anos”, disse o democrata. Ele mencionou o “sucesso dramático” do Brasil em diversificar sua economia e conter a devastação das florestas tropicais.
“Há mais notas positivas do que negativas sobre o Brasil. Está perfeitamente
Clinton observou que esta é a 11ª vez que vem ao Brasil em 15 anos. “Falo hoje como um amigo. Um amigo que adverte: apesar das dificuldades, há poucos lugares para ser tão otimista como no Brasil”.
CooperaçãoA capacidade de cooperação foi exaltada por Clinton como uma das características positivas dos brasileiros e enalteceu as condições “privilegiadas” do Brasil para “extrair benefícios” no século 21.
O ex-presidente norte-americano voltou a mencionar os progressos sociais advindos do Bolsa
Otimismo“Minha recomendação é que toda manhã, quando lerem uma manchete negativa, pensem nas coisas boas que aconteceram, nas forças positivas que o Brasil tem para lembrar que o país não é imune, mas que tem mais forças positivas do que negativas”, disse.
Ele acrescentou que, dentro de cinco anos, estaremos nos perguntando porque estávamos tão preocupados com o quadro atual. Observou ser muito importante não fugir do otimismo com o futuro e uma forma de fazer isso é lembrar das conquistas do país nos últimos 25 anos.
*Limpinhocheiroso
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