247 – Uma página pedindo morte à presidente Dilma Rousseff no Facebook provocou revolta entre parlamentares petistas, que pedem investigação e devida punição por parte do Ministério da Justiça e da Polícia Federal.
A página publica mensagens sexistas e textos contra o ex-presidente Lula, petistas, movimentos sociais e minorias em geral. Uma das postagens diz: "A Indonésia está fazendo mais pelo Brasil matando seus criminosos do que o próprio Brasil", segundo declaração publicada no site do PT.
A deputada Maria do Rosário (PT-RS) defende investigação da PF "de forma a identificar os responsáveis, processá-los, e tirar imediatamente essa página do ar". Segundo ela, enquanto manifestações de ódio como essas forem disseminadas nas redes sociais, elas continuarão acontecendo na vida real, o que coloca todas as mulheres em situação de risco. "Tenho a certeza de que não apenas todas as minhas colegas parlamentares, mas todas as mulheres têm o mesmo sentimento", afirmou.
Para a deputada Erika Kokay (PT-DF), este "absurdo" pode ser menosprezado ou ignorado, sob o risco de incentivarem atos de maior gravidade. A parlamentar lembra que os ataques à presidente Dilma não se limitam ao viés ideológico político, mas são de ódio sexista. "Não se pode ter complacência. Eles dizem que tem gente que merece morrer porque é como é. É uma lógica de Hitler, que dizia que os judeus mereciam morrer porque são judeus", declarou.
"É a irracionalidade do ódio que não fica ensimesmado, mas que constrói uma séria de atitudes de busca da eliminação do outro, de eleger quem são aqueles que tem o direito de viver. E não tem nenhum ataque feito à Dilma que não tenha o caráter sexista, que não leve em consideração a subalternização do gênero feminino", disse.
De acordo com a Secretária de Mulheres do Partido dos Trabalhadores (PT), Laísy Moriére, nunca um presidente da República foi tão atacado, tanto na vida pessoal, na sua moral, quanto Dilma. "Além do ódio de classe, tem o ódio por ela ser mulher", disse. "Isso demonstra o quanto a sociedade brasileira está cada vez mais machista e atrasada, o que é muito ruim para todas as mulheres", acrescentou.
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