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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quinta-feira, novembro 05, 2015

O fechamento das 94 escolas impactará, a vida de um milhão de alunos.

E agora, Geraldo? Paulistas rejeitam fechamento de escolas

59% da população de São Paulo não aceita medida adotada pelo governador

Escrito por: CUT •
Foto: Portal Vermelho
De acordo com o Instituto Datafolha, 59% dos paulistas são contra o fechamento das escolas no estado. Somente 28% aprovam a medida. A pesquisa foi divulgada nesta quarta-feira (04).
Utilizando o pretexto de que promoverá uma reorganização dos ciclos de ensino, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), ordenou o fechamento de 94 escolas no estado. Para além da pesquisa do Datafolha, os inúmeros protestos em todo o território paulista mostram a rejeição à medida.
De acordo com o levantamento do Datafolha, 62% dos paulistas estão pessimistas com os resultados da nova política do governo Alckmin para a Educação. Para apenas 27% haverá mais benefícios com a medida.
O fechamento das 94 escolas impactará, diretamente, a vida de um milhão de alunos. Alguns estudantes precisarão percorrer mais de três de quilômetros para chegar até a unidade de ensino onde será transferido.  
*http://www.cut.org.br/noticias/e-agora-geraldo-paulistas-rejeitam-fechamento-de-escolas-b049/

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