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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quinta-feira, outubro 21, 2010

Folha fez o que Dilma não conseguiu. Provar que o Aécio não vota em Serra


    Só o Serra salva a Globo. Só a Globo salva o Serra





    O Golpe da Folha (*) não durou 24 horas.

    A advogada do Eduardo Jorge vazou para a Folha (*) o que interessava ao Serra, da forma que melhor coubesse no horário eleitoral do Serra.

    Não deu certo.

    O jeito vai ser apelar para o Rojas.

    É provável que o Serra apareça no debate da Record com a cabeça enfaixada.

    Ficará mais parecido com um Frankenstein.

    A Golpe da Folha deu com os burros n’água.

    Em poucas horas se provou que o Amaury – com dados obtidos de forma legal ou ilegal, está por provar-se – trabalhava para o Aécio.

    Para “proteger” o Aécio do Serra.

    E se provou que o Serra é fiel, pelo menos aos habitantes da vala negra.

    Por exemplo, ao Marcelo Lunus Itagiba.

    Foi buscar no ostracismo um velho Fouchet de um Napoleão de hospício.

    Nem Dilma, com toda sua agora descoberta habilidade.

    Nem a raposa velha Luís Inácio Lula da Silva, que descobriu, no fim do mandato, a virtude de enfrentar a Globo – clique aqui para ler “Lula passa um pito no Eduardo: pare de bajular a Globo”.

    Daqui a pouco, estaremos todos livres do Galvão,  do Cleber Machado e seus 2.908 analistas de tabela.

    (Como é que a Globo consegue pagar salário a tanto analista de tabela ?)

    A Globo não tem mais a exclusividade do Brasileirão.

    Mauricio Dias já tinha dito que Aécio vai sair do PSDB e deixar a UDN de São Paulo com o Serra, o Fernando Henrique, o Aloysio e o Paulo Preto.

    Como é que o Aécio pode viver num partido em que seu principal “aliado” prepara um dossiê contra ele ?

    É que o Aécio, atrás das montanhas de Minas, não viu o que o Serra já fez com o Paulo Renato e com o Tasso – aliados e também objeto de dossiês do Serra.

    O Serra, se preciso for – diz o Ciro – passa com um trator por cima da cabeça da mãe.

    Ele foi capaz de engordar o tema do aborto, mesmo que a mulher tivesse feito um aborto no Chile -  conforme depoimento indesmentido de uma ex-aluna da D Monica Serra.

    Acabou-se Minas para o Serra.

    Na ânsia de ajudar o editorialista e colonista (**), o Otavinho estrepou o Serra.

    Provou que o Aécio não pede um voto para ele.

    E que os dois – como é do conhecimento do mundo mineral – se odeiam.

    Como disse o Lula, na festa da Carta Capital: “Mino, eles sabem, todo  mundo sabe … são uns hi-pó-cri-tas !”.

    Clique aqui para votar na trepidante enquete “Quem é amigo de quem”.


    Paulo Henrique Amorim


    (*) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é,  porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.

    (**) Não tem nada a ver com cólon. São os colonistas do PiG que combatem na milícia para derrubar o presidente Lula. E assim se comportarão sempre que um presidente no Brasil, no mundo e na Galáxia tiver origem no trabalho e, não, no capital. O Mino Carta costuma dizer que o Brasil é o único lugar do mundo em que jornalista chama patrão de colega. É esse pessoal aí.
    *conversaafiada 

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