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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sexta-feira, abril 22, 2011

DJED...


Djed é o nome de um símbolo da civilização do Antigo Egito associado à resistência e a estabilidade.
Pode ser descrito como uma coluna com uma base larga que possuía na parte superior três ou quatro barras horizontais cruzadas. O significado exato desta coluna é incerto. Tem sido proposto que seria uma árvore sem ramos, uma coluna obtida a partir de um feixe de canas ou um poste com cereal atado.
De acordo com uma passagem do Livro dos Mortos o djed era a coluna vertebral do deus Osíris, divindade associada ao mundo dos mortos. Em virtude desta ligação a Osíris o djed poderia também ser representado com cabeça e braços, segurando nas mãos cetros.
Era por vezes pintado no interior dos sarcófagos, no local onde deveria repousar a coluna vertebral. Era também usado pelos egípcios como um amuleto (feito na maior parte dos casos em faiança), que se considerava importante no processo de transformação na forma espiritual que se teria no Além.
Anualmente celebra-se no Egito o ritual de erguer o pilar de djed, atestado desde as épocas mais remotas. De início o ritual estava relacionado com a ressurreição do deus Sokar, mas mais tarde passaria a aludir à vitória de Osíris sobre a morte. Os sacerdotes erguiam o pilar djed no primeiro dia do chemu, a estação das colheitas.

Wikipédia










*aartedoslivrespensadores

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