Páginas

Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quarta-feira, maio 16, 2012

Merkel recebe Hollande com honras militares em Berlin após atraso

Avião em que novo presidente viajava foi atingido por raio e teve que retornar à Paris

BERLIM - A chanceler alemã, Angela Merkel, recebeu nesta terça-feira, 15, o novo presidente francês, François Hollande, com honras militares em sua chegada à Chancelaria Federal, para iniciar pouco depois seu primeiro encontro bilateral.
Hollande chegou à sede do governo germânico com uma hora e 15 minutos de atraso em relação ao horário previsto, já que se viu obrigado a mudar de avião em Paris, depois que o aparelho no qual iniciou sua viagem foi atingido por um raio pouco depois de decolar.
O político socialista chegou à capital alemã em sua primeira visita ao exterior poucas horas após ter tomado posse como sétimo chefe do Estado da Quinta República da França
Merkel e Hollande se reúnem; francês quer discutir pacto fiscal novamente
Merkel e Hollande terão uma primeira troca de impressões para depois comparecer juntos perante a imprensa e em seguida participar de um jantar de trabalho antes que o presidente francês retorne a Paris.

Tanto a chanceler como seu porta-voz, Steffen Seibert, destacaram nos últimos dias que a reunião tem como finalidade fundamental conhecer-se, já que nunca haviam se encontrado pessoalmente, mas é certo que abordarão a crise da zona do euro.

Além disso, tanto Berlim como Paris reiteraram nos últimos dias a importância da tradicional amizade franco-alemã para a Europa e seu papel na União Europeia.

Efe 
*MilitânciaViva

Nenhum comentário:

Postar um comentário