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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

terça-feira, maio 11, 2010

FHC deixou o Brasil de joelhos


FHC deixou o Brasil de joelhos - disse Dilma aos prefeitos do Rio

Nesta segunda-feira, Dilma recebeu uma demonstração de força em termos de apoio político no Estado do Rio de Janeiro: dos 92 municípios que existem no estado, 86 prefeitos compareceram no almoço com a ex-ministra (inclusive prefeitos filiados ao PSDB e ao DEMos), numa churrascaria em São João de Meriti, na Baixada Fluminense.

Além dos prefeitos, a casa ficou lotada com deputados e vereadores, além do governador Sérgio Cabral (PMDB/RJ), e dos ministros do Trabalho Carlos Lupi (PDT/RJ), e das cidades, Márcio Fortes (PP/RJ).

Embalada pelo coro “olê, olá, Dilma, Dilma”, puxado pelos prefeitos, Dilma respondeu as críticas dos tucanos que acusam o governo Lula de “só ter dado continuidade ao governo anterior (de Fernando Henrique Cardoso)”:

– É mentira! No governo anterior, o Brasil estava de joelhos e precisava pedir ajuda ao fundo internacional. Antes o Brasil quebrava, hoje não quebra mais – afirmou.

Aproveitou a presença de muitos prefeitos, Dilma lembrou:

– A relação com os municípios foi muito respeitada pelo presidente Lula, fizemos muitas parcerias. No Rio de Janeiro temos os melhores exemplos – falou, enquanto citava programas como PAC, Minha Casa Minha Vida e Bolsa Família.

dos Amigosdo Presidente Lula

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