Plano de banda larga forçará operadoras a melhorar serviços, dizem especialistas
Mais do que promover a inclusão digital dos brasileiros, o Plano Nacional de Banda Larga irá impulsionar o crescimento de pequenos e médios provedores de internet no país. Com o aumento da concorrência, grandes operadoras serão forçadas a melhorar a qualidade dos serviços, expandir a oferta e até mesmo baixar preços, afirmam especialistas do setor de telecomunicações consultados pelo UOL Tecnologia. Apesar do entusiasmo, eles alertam para a falta de um projeto executivo e de prazos para cumprimento das metas do plano nacional.
"Finalmente o governo está desempenhando seu papel, o de fomentar a inclusão digital e com a participação das pequenas e médias empresas, que são as que mais contratam nesse país", destaca Horário Belfort, presidente da Abusar (Associação Brasileira dos Usuários de Acesso Rápido à Internet).
O Plano de Banda Larga disporá da rede – administrada pela Telebrás – da extinta Eletronet, "uma grande avenida que precisará ser completamente ramificada", segundo o especialista. Essa tarefa que ficará a cargo, principalmente, das pequenas e médias empresas de telecomunicações. "As grandes operadoras no Brasil cobram caro por um serviço de internet péssimo porque não têm concorrentes. Com a reativação da Telebrás, esse cenário mudará", prevê.
Rui Bottesi, presidente da AET (Associação dos Engenheiros de Telecomunicações), considera que uma nova fase do setor de telecomunicações no país está sendo iniciada. "O governo tomou uma decisão arrojada. Apesar das correntes de resistência do mercado, o Plano de Banda Larga saiu do papel. E o lado positivo é a operacionalização de uma rede, a da Eletronet, que não estava sendo utilizada", afirma.
Bottesi lembra que a Telebrás tem um nome forte e que as grandes operadoras terão de repensar o mercado. "Esse é um passo inteligente do governo, inclusive para fomentar novas tecnologias, e as grandes empresas terão de ir atrás delas".
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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista
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