Plano prevê volta da Telebrás e três vezes mais banda larga no país
Fabricia Peixoto -BBC
O governo brasileiro anunciou nesta quarta-feira um plano nacional que prevê triplicar o acesso à banda larga no Brasil, com preços populares e com gerenciamento da Telebrás.
O plano prevê ampliar o acesso à banda larga por um preço mais acessível a 39,8 milhões de residências até 2014. Hoje são cerca de 12 milhões de usuários residenciais, segundo dados do governo.
Durante a apresentação do Plano Nacional de Banda Larga (PNBL), o coordenador do programa, Cezar Alvarez, disse que cem municípios serão atendidos ainda este ano, incluindo as capitais.
O preço final ao consumidor ainda não está definido, mas a estimativa do governo brasileiro é de que os brasileiros das classes C e D tenham acesso ao serviço com uma tarifa entre R$ 15 e R$ 35.
O Plano também prevê uma velocidade de banda larga de 512 Kbps a 784 Kbps - valor acima da média da usada no Brasil, de 256 Kbps.
O que deverá permitir a redução da mensalidade serão os descontos em impostos promovidos pelo governo, que reduzirão a arrecadação em cerca de R$ 25 milhões nos próximos quatro anos.
Outra medida adotada será a reativação da Telebrás, que ficará encarregada de gerenciar o plano de expansão da banda larga.
Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Erenice Guerra, A Telebrás - que será reativada para tornar realidade o plano - terá uma estrutura "enxuta" e "não vai substituir ou limitar a iniciativa privada".
A empresa, que chegou a ser uma das maiores estatais do país, havia sido extinta em 1998 com a privatização de sua estrutura, incluindo operadoras de telefonia em todos os estados.
Postado por Glória Leite
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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista
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