Um monumento contra a barbárie atômica
Os jornais brasileiros quase não noticiaram, mas ontem , em Brasília, sob a presidência do Ministro da Cultura brasileiro, Juca Ferreira, o Comitê de Patrimônio Mundial da Unesco declarou o Atol de Bikini, parte do protetorado americado das Ilhas Marshall, a noroeste da Austrália. Você pode ler o despacho, em português, da agência espanhola EFE clicando aqui.
Lá, entre 1946 e 1958, foram feitos pelos Estados Unidos 23 testes com explosões nucleares, depois de removidas algumas centenas de moradores que habitavam o conjunto de ilhas. Bikini tornou-se um cenário de desvastação que a natureza, em 50 anos aparentemente recuperou. Mas só aparentemente.
Uma tentativa de retorno dos moradores originais, nos anos 70, teve de ser abortada porque os índices de radiação continuavam altos. Quinze centímetros do solo foram retirados para baixar a radiatividade, mas as ilhas foram declaradas inabitáveis, até hoje, embora a vida marinha e os corais que formam o anel estejam se regenerando.
Tombado, ao menos o Atol de Bikini fica como um monumento ao que a barbárie atômica pode produzir, sem jeito de consertar durante décadas ou, talvez, séculos.
dotijolaço
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