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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quarta-feira, agosto 04, 2010

FANTÁSTICO E INACREDITÁVEL: JUIZ JULGADO CORRUPTO É CONDENADO A RECEBER R$ 300 MIL POR ANO E FÉRIAS VITALÍCIAS






É inacreditável e absurdamente maravilhosa a situação do juiz Paulo Medina, condenado por unanimidade por participação em esquema de venda de sentença. A pena aplicada ao juiz foi ganhar seu salário sem trabalhar, ou seja, aposentadoria compulsória.

O juiz agora pode fazer várias coisas e você pode ajudá-lo a escolher o que ele deve fazer. Opção 1: Ficar passeando de iate e gastando o salário de juiz? Ou viajar para a Europa e tirar umas boas férias nas noites de Paris? Quem sabe voltar a advogar e ganhar um troco a mais para ajudar nas despesas da vida de aposentado? Ajudem o juiz! Não deve estar sendo fácil ser condenado a ganhar sem trabalhar. Eta vida dura! Viva o estado de direito do Gilmar Mendes.

Veja trechos de duas matérias sobre o assunto:

O CNJ (Conselho Nacional de Justiça) puniu nesta terça-feira com aposentadoria compulsória o ministro do STJ (Superior Tribunal de Justiça) Paulo Medina. Ele foi condenado, por unanimidade, pela participação em esquema de venda de sentença judicial em favor de bicheiros e donos de bingos.

Foi a primeira vez na história que o conselho afastou definitivamente um ministro de um tribunal superior. A decisão ainda pode ser contestada no STF (Supremo Tribunal Federal). (Texto integra)

Ou

União gasta R$ 1 mi com juiz do STJ afastado

Afastado do STJ (Superior Tribunal de Justiça) há três anos, o ministro Paulo Medina representou, nesse período, um gasto de R$ 987 mil aos cofres públicos.

Em casa, enquanto aguarda o fim das investigações de suposta venda de sentença para contraventores donos de bingos e caça-níqueis no Rio, Medina recebeu R$ 23.275 mensais.

Segundo a Lei Orgânica da Magistratura, todo juiz acusado por um crime tem direito a receber salário durante a investigação do caso. Condenado, é, no máximo, aposentado compulsoriamente. (Texto Integral)


O PRESIDENTE LULA DEVERIA NOMEAR O JUIZ FAUSTO DE SANCTIS PARA A VAGA DE EROS GRAU NO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL



O juiz Fausto de Sanctis mostrou ontem no programa Roda Viva, da TV Cultura, que tem todas as condições de estar no Supremo Tribunal Federal. O Juiz demonstrou o que muitos esperam de um juiz, desejo de justiça, ou seja, desejo de acertar e construir um país mais justo a partir da sua própria atividade profissional.

O presidente Lula poderia indicá-lo no lugar do ministro Eros Grau, que se aposentou. Esse seria um ato histórico do presidente Lula, que evitaria as nomeações políticas e muitas vezes errôneas como tem acontecido.

O Supremo é o lugar de juízes que deveriam estar lá por mérito e não juízes que foram Advogados Geral da União, como Gilmar Mendes, o presidente do Supremo que entrou para a história porque soltou Daniel Dantas, hoje condenado por crime do colarinho branco, por duas vezes em 48 horas.

Veja trecho da entrevista do juiz para Kenedy Alencar



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