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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

terça-feira, agosto 03, 2010

Gobim o je^enio e a crise da Gol

Jobim, como é que fica a Gol ?
Trabalho escravo pode ?

http://www.nadaver.com/wp-content/uploads/2007/09/ministro-jobim.jpg

Na foto, uma tripulação da Gol no “caosaéreo”


Saiu no G1:

Vinte e quatro horas depois do colapso do sistema de escala de pessoal da Gol, a situação ainda era um “caosaéreo”, como diziam a urubóloga Miriam Leitão e a Eliane Catanhêde.

“Caosaéreo”.

Aí, o Presidente Lula tirou o grande brasileiro Waldir Pires e colocou no lugar o ministro serrista Nelson Jobim.

Jobim chegou assim, com a humildade do Serra.

E, na solenidade de transmissão do cargo, cometeu grosseria sem precedentes.

Virou-se para a platéia e disse: ou você comanda ou sai da frente.

Os tucanos (principalmente as tucanas) viveram intenso frisson.

Depois disso, o serrista Jobim produziu uma babá eletrônica com que o presidente Lula derrubou o ínclito delegado Paulo Lacerda, para acalmar a fúria do Supremo Presidente do Supremo.

(Por falar nisso, Dr Corrêa, cadê o áudio do grampo ?)

O serrista Jobim contribuiu também decisivamente para dinamitar a discussão sobre a tortura no regime militar.

E ajudou a entronizar a Lei da Anistia no Panteon da Vergonha Nacional.

Clique aqui para ler “Eros Grau vai advogar; por que não para Daniel Dantas ?”.

Agora, esse jenio serrista se debate com um nefasto duopólio que controla uma das maiores operações de tráfego comercial do mundo.

(Quem mandou o Lula botar dinheiro no bolso da classe “C” ? Agora, ela importuna os vôos do Jabor, coitado !)

Uma das duas empresas monopolistas não consegue produzir uma escala de serviço na volta das férias.

A própria companhia admite que havia problemas no “remanejamento” do horário de trabalho do pessoal para atender a nova demanda.

É mais ou menos assim: aumenta o serviço, mas a gente não aumenta o pessoal para “remunerar o acionista”.

E o consumidor que vá contratar o advogado Eros Grau.

A Corregedoria da Agencia da Aviação Civil, a ANAC, analisa 520 (?) denúncias trabalhistas contra a Gol.

Pelo jeito, a Gol é a favor do trabalho escravo

E o serrista Jobim a bradar: ou comanda ou sai da frente !

Paulo Henrique Amorim


Reivindicações Tripulantes GOL

Parem no dia 13 só se for em último caso, mas vamos registrar os posts sobre o que estamos pleiteando e por segurança poderemos enviá-lo ao sindicado solicitando uma resposta até o dia 10 no nosso e-mail da GOL, caso contrário, greve no dia 13.

1) Voar regulamentado nunca mais! Que contratem mais profissionais e melhorem nossas condições de trabalho, segurança e salário.

2) Plano de previdência privada. Isso irá garantir menos "aposentadorias" antes do prazo previsto.

3) Escalas mais funcionais, como antes, onde possamos ter vida social sem preocupações. As escalas antigas humanizam o contato. FORA CREW LINK.

4) Em números, solicitamos 25% de aumento sobre as horas de voo e salário.

5) Dissolução da Atual VP Técnica

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