Páginas

Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quarta-feira, agosto 04, 2010

Os usa mandam bombas






60 ANOS DA BOMBA ATÔMICA: OS EUA FORAM OS ÚNICOS QUE A UTILIZARAM CONTRA A HUMANIDADE ATÉ HOJE



No próximo 6 de agosto, farão 60 anos da primeira explosão de uma bomba atômica contra seres humanos, realizada pelos Estados Unidos da América do Norte. Foi a primeira de duas, pois apenas após 3 dias, em 9 de agosto, estes mesmos arautos da paz e da liberdade, defensores do mundo "contra o terrorismo", lançaram um segunda bomba. A primeira em Hiroshima, e a segunda em Nagasaki.
Desde então, passados mais de meio século, continuamos americanos a serem os únicos que usaram armas atômicas contra seres humanos.
E são estes senhores, que, em nome da PAZ, perseguem e ameaçam qualquer país que queira utilizar energia atômica, mesmo que para fins pacíficos.
certamente são cientes, que tal como eles prórpios o fizeram, algum outro país cometa tamanha atrocidade.
Faço estas considerações hoje, 4 de agosto, para chamar a atenção dos caros leitores, do modo como esta efeméride será citada na mídia.
Teremos muitas citações, nenhuma delas como notícia principal, e quase todas falarão sobre os 60 anos do lançamento da bomba atômica, mas omitiram de suas chamadas a autoria dos estados Unidos.
Tal como fazem os detentores do poder mundial, em todas as épocas da humanidade, os EUA tratarão de apagar suas responsabilidades e homicidios da maior violência já cometida contra a vida humana.
E são estes que se arvoram o direito de decidir quem pode ou não utilizar a energia atômica.
Os Estados Unidos, os assassinos de milhares de inocentes, querem posar de paladinos da justiça e da verdade.
Pois saibam eles que ainda existem pessoas que não deixarão que se esqueça a autoria deste holocausto nuclear.

Nenhum comentário:

Postar um comentário