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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

domingo, agosto 01, 2010

Para ninguém dizer que eu não ajudo o Serra

Bomba, bomba !
Brizola apoia Serra !


Alô, alô, dra. Cureau

Guinada dramática na campanha presidencial.

Serra recebe apoio que pode ser decisivo.

Extraído do Tijolaço:

Para ninguém dizer que eu não ajudo o Serra

A campanha de Serra na internet lançou a versão on-line dos “esquadrões serristas” que estão percorrendo o país em busca de “boatos” sobre o que ele considera mentiras a seu respeito.

Para não dizerem que eu só falo mal do “coiso”, já ofereço logo a minha contribuição sobre notícias falsas que se andam espalhando sobre o candidato tucano.

1- Serra está nas frentes das pesquisas: Boato difundido por um certo instituto Datafolha, com sede na Av. Barão de Limeira, em São Paulo;

2- Serra é o pai dos genéricos: Notícia evidentemente falsa, uma vez que o próprio Serra acabou dizendo que “nem sabia que existia genérico” quando entrou no Ministério da Saúde. A fonte do boato é o programa de propaganda eleitoral do PSDB, como pode ser visto aqui ;

3- Serra defende a privatização: Boato espalhado pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, em entrevista ao site da revista Veja.;

4- Aécio Neves está fazendo corpo mole na campanha de Serra e se vingando da rasteira que tomou quando o ex-governador paulista vetou a realização de prévias no PSDB: A fonte desta matéria notóriamente inverídica é o jornal “A Folha de São Paulo”, na sua edição de ontem;

5- O vice I. da Costa foi enfiado goela abaixo de José Serra:
Mentira: Como o próprio Serra disse, da Costa é “um rapaz de quem eu gostava especialmente”, embora só o tenha encontrado uma vez antes da designação, assim mesmo numa mesa de churrascaria durante o jogo do Brasil com a Coréia do Norte. Todos sabem que a grita do DEM, as reuniões que vararam madrugadas, e o anúncio público de que o vice seria Álvaro Dias foram só brincadeirinha;

6- Os pedágios paulistas são caríssimos: Todos sabem que isso não passa de “trololó” dos petistas e do jornalista Heródoto Barbeiro, que perdeu seu emprego na TV cultura por espalhar a informação inverídica. O governador Geraldo Alckmin também é um dos boateiros, pois admitiu que é preciso rever o valor dos pedágios estaduais;

7- A cratera do metrô não foi resultado de obras mal executadas durante a gestão tucana: Qualquer criança sabe que ela foi destruída por um disparo de raio laser vindo de uma galáxia distante;

8- O Jardim Romano não passou quase dois meses debaixo de água: O alagamento das ruas na verdade foi uma obra performática para que os pobres pudessem ver o reflexo de sua própria situação.

9- Serra não é de esquerda: Calúnia. É uma afirmação que se desmonta com a simples constatação de que seus aliados são Paulo Maluf, Orestes Quércia, Kátia Abreu, os Bornhausen, Jair Bolsonaro, a Globo e a Folha.

10- José Serra têm chances de ganhar a eleição: Boato que qualquer Brasileiro sabe, não tem a menor possibilidade de ser verdade.

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Serra leva sexta multa. Onde estão as críticas?

Com as duas multas aplicadas ontem, por uso irregular das inserções do PSDB, José Serra igualou o mesmo número de multas – seis – já aplicadas contra o Presidente Lula e superou as sanções feitas contra Dilma Rousseff pelo tribunal. Com o agravante que as multas de Serra foram todas por uso indevido de instrumentos de comunicação de massa, enquanto as aplicadas a Lula, como se sabe, incluiram até um comentário, sobre esperar que “a voz do povo fosse a voz de Deus” quando a multidão gritava o nome de Dilma.
O comportamento de Lula valeu-lhe as mais severas críticas dos colunistas e dos editoriais da grande imporensa. Até o NY Times meteu sua colher torta para dizer que Lula havia “passado das medidas” e desrespeitado a lei eleitoral. A vice-Procuradora sandra Cureau, além de dizer, desrespeitosamente, que o presidente não conseguia “ficar de boca calada”. Muito bem,vamos imaginar, apenas como exercício, que todos estivessem agindo de boa-fé.
Onde estão, agora, as colunas, os editoriais, as entrevistas, as ameaças de impugnação que se fizeram contra a candidatura Dilma pelas transgressões sobre as quais alguns colunistas disseram “faltar coragem” à Justiça Eleitoral para aplicar à candidata do Governo.
Onde está a Dra. Sandra Cureau que, há poucos dias, afirmou que “o PSDB tem demonstrado mais zelo e respeito à Lei Eleitoral do que o PT.”?
E olhem que as três mais graves e objetivas transgressões de Serra – a utilização indevida dos programas do DEM, do PTB e do PPS em rede nacional de rádio em televisão, nunca é demais insistir, atropelando o Art. 45,parágrafo 1°, inciso I da Lei 9,096 – não foram julgadas e, duas delas, ao que eu saiba, sequer ajuizadas. Há farta jurisprudência no TSE sobre serem mais graves as transgressões quando elas se dão por meio capaz de influenciar pessoas em número suficiente para influir no resultado eleitoral.
A parcialidade – não, não, o engajamento – da grande imprensa com a oposição a Lula e Dilma não é novidade. Foi expressa com todas as letras pela diretora da Folha e presidente da associação de donos de jornais, sra. Judith Brito, ao dizer que pelo fato de ser de a oposição “estar muito fragilizada” o seu papel seria desempenhado pelos jornais.
O que é novidade é uma procuradora da república, diante de um número de decisões judiciais contra os dois lados principais da disputa, vir a público manifestar críticas a um e elogiar o outro.
Se isso não for parcialidade, o que será?
PS.Os fatos expostos aqui são objetivos. Não são ilações. Exigir que sejam examinados não é intimidação ao Ministério Público. Ao contrário, representam respeito e zelo com uma instituição que está acima do comportamento eventual de seus integrantes. Reagir a isso com corporativismo, sim, é que é subverter o princípio republicano de respeito às instituições e do direito de crítica a seus integrantes.

dotijolaço


Mídia golpista trama estratégia para beneficiar Serra


Os institutos de pesquisas apontam o crescimento de Dilma, que aparece a frente de Serra cinco pontos no Ibope, proporcional ao número de eleitores a sete milhões de votos, e oito no Vox Populi equivalente a 11 milhões de votos, e para tentar impedir que Dilma suba mais ainda e aumente a diferença a mídia golpista já está em campo.
As matérias e fotos de destaque sobre as coberturas da campanha eleitoral traz Serra e Marina em contato com a população, mesmo sendo uma imagem fechada para esconder a pouca presença de pessoas nos comícios e caminhadas pelas ruas que é uma caracteristica dos movimentos em locais públicos de Serra.
Nesses 25 dias de campanha as fotos da aparições públicas da candidato tucano não passam de 500 pessoas, como foi em Curitiba na Boca Maldita, enquanto Dilma levou no último fim de semana mais de 12 mil pessoas na tradicional praça do centro da capital paranaense.
Nas fotos podemos comparar o número do público presente na mesma praça em Curitiba, cerca de 500 no comício de Serra e mais de 12 mil pessoas presentes com Dilma.
Nenhum dos jornais da mídia golpista mostra as fotos da multidão que tem comparecido nos comícios de Dilma, o de abertura em Porto Alegre com 5 mil pessoas, nem as fotos da praça da Sé, com mais de 15 mil pessoas, da Candelária no Rio de Janeiro com 20 mil, do Gigantinho em Porto Alegre com 10 mil. Veja aqui as fotos que a mídia golpista não mostra.
As fotos que o PIG traz de Dilma são apenas com foco fechado no palanque ao lado dos candidatos, ao contrário de Serra que sempre aparece com foco fechado dos 50 ou 100 militantes contratados e assim aconteceu no Paraná, quando a própria imprensa disse que o comício estava desorganizado e não tinham 500 pessoas.
Na Bahia foi preciso suspender o comício em Itabuna porque não tinha público, e as fotos foram tiradas dentro de um ponto comercial no centro onde tinha gente, ao contrário dos comícios de Dilma quando a população vai a praça, Serra é que vai atrás dos locais com concentração de pessoas.
Outro fato lamentável desta campanha é que a candidata Marina Silva com uma bela história de vida está sendo usada para evitar o risco que corre a candidatura Serra, como apontam as pesquisas, de ver a eleição decidida no 1º turno.
Seria uma mancha em seu histórico de vida pública a imagem de Marina ser usada como linha auxiliar dos demotucanos, os quais sempre combateu a vida inteira, e pior ainda a estratégia é alimentada por quem representa o atraso e o ranço da direita retrograda, César Maia (DEM) ex-prefeito do Rio de Janeiro.
Além da traição de seu companheiro de partido Fernando Gabeira (PV/RJ) que faz campanha de braços dados com José Serra (PSDB/SP) no Rio de Janeiro, e ao lado de César Maia (DEM), que deu uma declaração dizendo, com todas as letras, que Marina é apenas linha auxiliar: "Agora um voto na Marina no primeiro turno é um voto no Serra no segundo - descartando qualquer possibilidade de Marina ser candidata para valer, a ponto de chegar o segundo turno".
Independente do resultado desta eleição essas páginas escritas por mãos sujas na campanha de Marina Silva, vão manchar o livro de sua história de vida e sua participação na vida pública do país.

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