Golpe de Estado patrocinado pelos EUA na Guatemala vem à tona mais de meio século depois
Disseminando a barbárie, sempre
Para saber mais sobre o golpe contra Jacobo Arbens, veja o documentário The War on Democracy, de John Pilger. O golpe contra a Guatemala, arquitetado pela CIA, marcou o início de uma nova fase do imperialismo estadunidense na América Latina, criou o know hall para assaltos futuros. Poucos anos depois foi a vez da Argentina, Brasil, República Dominicana, Bolívia, Uruguai, Chile. Países que foram violentados por governos genocidas, os mesmos que praticaram uma política de eliminação sistemática de opositores, massacrando mais de quinhentas mil pessoas em cerca de trinta anos. As ditaduras na América Latina representaram um único processo, patrocinado e incentivado pelos EUA, em parceria a elites locais delinquentes. O governo dos EUA DEVE se desculpar perante todos os países vitimados por governos gorilas capitaneados pela CIA. Prisão para TODOS os golpistas, sejam estes civis ou militares.
Pela primeira vez em 57 anos o governo da Guatemala apresentou pedido oficial de desculpas por violações de direitos humanos contra o ex-presidente Juan Jacobo Arbenz Guzman, o Soldado do Povo. Arbenz, um dos ícones da revolução de 1944, foi derrubado pela CIA em 27 de junho de 1954 sob falsas acusações de ligações com o comunismo. A fraude da CIA protegeu a United Fruit Company, de Boston e hoje Chiquita Banana, da reforma agrária de Arbenz. Além disso, grupos norte-americanos que controlavam serviços, como estradas de ferro e bondes, estavam perdendo as concessões.
O golpe, orquestrado pelo Governo Eisenhower e pelos irmãos Dulles, da CIA e que eram diretores do conselho da empresa, forçou Arbenz a ir para o exílio. Os EUA instalaram uma junta governamental que impôs terror, repressão e silêncio aos cidadãos - 200 mil morreram e 1milhão fugiram do país. Após muitas décadas, um Acordo Amigável de Indenização foi assinado pelo Estado em maio de 2011. Além do pedido de desculpas, o governo também concordou em revisar os livros escolares para incluir Arbenz.
A biografia dele, segundo a agência francesa de notícias France Presse(AFP) também será reescrita, a ferrovia que ele construiu levará o seu nome e um novo programa educacional será criado para treinar os servidores públicos para que sempre levem em consideração as necessidades dos agricultores e dos povos indígenas, como foi feito por Arbenz durante seu mandato.
*Cappacete
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