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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

terça-feira, outubro 11, 2011

Marcelo Tas não passa de um covarde cínico e hipócrita

Por tudo que fez e deixou de fazer no episódio da censura ao colega Rafinha Bastos, o sujeito mostrou que o caráter dele é feito de algo que ele realmente tem de sobra: bosta.

Marcelo Tas provou que é um bosta
- por André Lux, jornalista

Bom, vou dar meus pitacos na recente polêmica envolvendo o tal de Rafinha Bastos e seu afastamento do programa CQC da TV Bandeirantes.

Pra começo de conversa deixo claro que nunca assisti a esse programa e também nunca vi qualquer performance do Bastos. Mas, obviamente, acompanho pela blogosfera, pelas redes sociais e pelos sites independentes as polêmicas e os desdobramentos das grosserias que são apresentadas no programa comandado pelo Marcelo Tas. Então posso dizer que tenho uma boa ideia do que se trata e, obviamente, concluo que é mais um exemplar de lixo televisivo disfarçado de "atração cômica" que, mais grave, ainda acha que tem caráter "politizador" só porque causa constrangimento público em políticos.

Também faço questão de deixar claro que nunca gostei desse Marcelo Tas. Desde a época em que ele aparecia em alguns programas da TV Cultura, sempre achei-o um sujeito metido a besta, pseudo-intelecutal, afetado em demasia e, acima de tudo, completamente sem graça. Enfim, é uma espécie de bobo alegre que se leva a sério e realmente se julga um gênio da comédia (bem sabemos que os verdadeiros gênios são intrinsecamente humildes).

Abrindo um parênteses, para mim o verdadeiro comediante é aquele que sabe, antes de mais nada, rir de si mesmo, que não se leva a sério e que nunca faz gozação usando um ponto de vista opressivo ou do opressor - exceto quando sua intenção é justamente ridicularizar o opressor. Estão aí Charles Chaplin, Jacques Tati, Peter Sellers e toda a gangue do Monty Phyton para não me deixar mentir.

Corta para a nova polêmica imbecil envolvendo um dos membros mais infames do programa CQC. Depois de proferir centenas de comentários preconceituosos, sexistas, agressivos ou simplesmente grosseiros contra, essencialmente, minorias (principalmente os gays), pobres e mulheres, o tal de Rafinha Bastos acabou sendo afastado do programa por mexer com quem não devia. Ou seja, disparou sua saraivada de baixarias contra uma celebridade e causou a fúria de quem é dono da grana. Assim, pauzinhos foram mexidos e os donos da TV Bandeirantes, que não rasgam dinheiro, acharam por bem "censurar" o playboy chegado num bullying.

Como bem frisou Gilberto Maringoni em seu artigo na Agência Carta Maior, "O integrante do CQC, que fez piada de péssimo gosto com Wanessa Camargo, já falara coisas piores. Agora mexeu com esposa de milionário, que ameaçou tirar anúncios da TV Bandeirantes. Ninguém classificou caso como atentado à liberdade de expressão. Já quando ministra condena comercial de lingerie machista, o coro é um só: “Censura”!"

Exatamente. Assim, o mesmo Marcelo Tas que vive dando xiliques contra uma suposta agenda de cerceamento da liberdade de expressão que faz parte do governo federal, primeiramente calou-se em relação à censura feita contra seu próprio colega de programa e certamente uma das suas principais atrações (lembrem-se que estamos falando da pessoa "mais influente do mundo", segundo o jornal The New York Times - eu fico aqui imaginando que tipo de pessoa se deixa influenciar por um idiota do tamanho de um Rafinha Bastos!).

Agora, questionado em um entrevista para um portal que não me lembro o nome, o bobo alegre do Marcelo Tas afirma que "é preciso fazer humor, mas com responsabilidade", enquanto condena o politicamente correto. No português correto isso significa uma só coisa: Marcelo Tas, o autoproclamado cavaleiro andante a favor da liberdade de expressão, saiu pela tangente e provou de forma cabal que não passa de um covardezinho cínico e hipócrita. Na hora em que tinha que realmente defender a liberdade de expressão (e de um colega de trabalho!), enfiou o rabinho entre as pernas e correu lamber as botas do patrão.

São em momentos como esses que uma pessoa mostra quem realmente é e de que é feito seu caráter. Por tudo que fez e deixou de fazer no episódio da censura ao colega Rafinha Bastos, o Marcelo Tas mostrou que o caráter dele é feito de algo que ele realmente tem de sobra: bosta.
*Tudoemcima

Todo mundo quer Lula... até o CQC para melhorar a imagem e audiência

Desgastado com piadas sem-graça e baixarias, o programa de TV CQC apelou: disse querer entrevistar o presidente Lula.

Ué, Marcelo Tass... Pra quem é demo-tucano, por que não FHC? (como perguntou pateticamente a repórter do jornal "O Globo", na França).

Ou José Serra? Ou Aécio? Ou Alckmin para explicar o mensalão das emendas na Assembléia Legislativa?

O assunto virou "trend topic" no twitter (virou o tema mais comentado).

É.... na hora do vamos ver, todo mundo quer é o Lula, porque ele é o cara. É quem eleva a audiência, enquanto os outros derrubam.
*Osamigosdopresidentelula

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