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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sexta-feira, outubro 14, 2011

O Caso Henry Kissinger / The Trials of Henry Kissinger (2002)

(Grã-Bretanha, 2002, 80 min. - Direção: Eugene Jarecki)
Um dos mais importantes estrategistas do EUA, o ex-Secretário de Estado Henry Kissinger era uma celebridade no mundo político e contava com grande simpatia dos chefes de Estado do Mundo da época. Talvez mais importante que o próprio presidente dos Estados Unidos em assuntos de Política Externa, era considerado inteligente, divertido, agradável, culto, recebendo nesse contexto o Prêmio Nobel da Paz, apesar dos inúmeros protestos de alguns pacifistas.
Mas o que se revelou pouco a pouco nos ex-documentos secretos da CIA é que ele estava fortemente envolvido em golpes de Estado pelo mundo, em enormes crimes de guerra, grampos ilegais, em sequestros, torturas e assassinatos. Suas ações ajudaram os EUA a afirmarem sua posição imperialista frente ao mundo.

Dentre um dos seus sangrentos feitos está na aniquilação do processo de paz no Vietnã em vias de concretizar-se, estendendo ainda a guerra para um país neutro, o Camboja. (docverdade)

"O lado escuro de Henry Kissinger, é muito, muito escuro".
"Kissinger era um monstro, um assassino sádico, um criminoso de guerra".

Assista ao documentário em Inglês pelo Google vídeo

Torrent
Legendas em Espanhol (Subtítulos en Español)
*Docverdade

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