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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sábado, outubro 15, 2011

Poema Marylin Monroe

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weeping willow
I stood beneath your limbs
and you flowered and finally clung to me
and when the wind struck....the earth
and sand--you clung to me.

Salgueiro que chora
Fico sob seus braços
Você floriu e finalmente me abraçou
E quando o vento açoitou... a terra
E a areia--você me abraçou de verdade


O, Time
Be Kind
Help this weary being
To forget what is sad to remember
Lose my loneliness,
Ease my mind,
While you eat my flesh.

Ah, tempo
Seja gentil
Ajude este ser cansado
A esquecer do que é triste
Afrouxe minha solidão
Acalme minha mente
Enquanto devora minha carne.


I could have loved you once
and even said it
But you went away,
When you came back it was too late
And love was a forgotten word.
Remember?

Poderia ter te amado então
Sempre disse isto
Mas você foi embora
Quando você voltou era tarde demais
E amor se tornou palavra vencida
Lembra-se?

Poemas: Marylin Monroe
Tradução: Beto Palaio
*Academiapósmodernadeletras

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